Vemos espíritos profundamente ligados aos sentidos físicos, que sentem necessidade de vitalidade orgânica para perpetuar sensações de prazer e, por isso, apegam-se aos encarnados.
Nesse processo, talvez incompreensível para muitos, os vampiros absorvem do duplo etérico dos homens as energias vitais e ectoplásmicas, que são essenciais para a manutenção da saúde e do vigor dos corpos materiais.
Tanto no corpo físico quanto fora dele, os vampiros modernos são seres que, para se manter vivos, sentem a necessidade de buscar outras fontes de alimento, passando a sugar a vitalidade e absorver as emoções de outras pessoas. Portanto, é natural concluir que, quando desencarnam, os vampiros apenas transferem domicílio, encontrando um campo de atuação mais vasto, ligeiramente invisível e imperceptível aos sentidos humanos comuns.
Antes de usurpar energias vitais ou haver a troca de emoções, o agente do processo deverá ter obrigatoriamente acreditado em suas próprias necessidades, formado uma imagem mental delas e forjado, assim, um clichê nas telas do pensamento.
(Retirado do livro Legião - Um olhar sobre o reino das sombras de Ângelo Inácio e Robson Pinheiro)
Mas somente isso não basta. Associadas a essa ação puramente mental, as emoções agem dando cor, vida e textura à criação do indivíduo. A partir daí é que a ação mental ganha corpo e consistência, concretizando o ato que se consuma.
Isso quer dizer que qualquer ação para evitar o roubo das energias vitais primeiramente deve se concentrar na educação do pensamento e das emoções.
A pessoa em questão faz de tudo para despertar comiseração e aproveita a bondade e a boa vontade dos outros para se mostrar infeliz, de modo que, de passo em passo, vai dominando emocionalmente seus alvos.
Quando encarnado, lança mão de qualquer recurso, especialmente a chantagem emocional, para realçar sua aparente infelicidade.
Lágrimas provocadas, está pronto para drenar as emoções das vítimas que encontra em seu caminho e que lhe dão atenção. Ao desencarnar, integra-se à imensa legião de seres desequilibrados, muitas vezes já especializados durante a vida física na drenagem energética e no roubo de vitalidade, e são facilmente manipulados por outros espíritos mais experientes na execução de suas idéias e projetos.
— Não deixa de ser um processo obsessivo, em ambos os casos —
— Nos cultos de origem africana e nos terreiros de umbanda, nossos irmãos classificam esse tipo de ação energética e espiritual como encosto. É na verdade um processo de obsessão simples
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