Esqueléticos, mais humanóides do que propriamente humanos, os membros desarticulados apresentam-se com intensa deformidade; as mãos, por exemplo, lembram mais mãos de símios que de homens.
— Temos aqui espíritos revoltados com o fato de que a morte do corpo impede que vivam no meio dos encarnados. Além disso, trazem a mente obscurecida por uma visão muitíssimo distorcida da realidade espiritual.
Há também outros grupos, que vagam medrosos por entre as sepulturas. Poderiam ser classificados pelos estudiosos como sendo seres endógeos, pois vivem escavando a terra na esperança de desenterrar seus antigos corpos. Entre os, guardiões são chamados de fura-terras, um termo menos complexo para referirmo-nos a eles, facilitando a comunicação entre a polícia astral.
Enlouqueceram diante do pavor que a morte lhes inspirou, mas recusam-se a despertar o pensamento para que possam ser socorridos. Eventualmente, escapam ao controle exercido pelos guardiões e vagam pelas ruas à noite, sem rumo definido.
Comportam-se como sonâmbulos.
Esses espíritos estão enlouquecidos e não se prestam aos objetivos dos magos. Perderam o controle das emoções e da razão. Os magos negros precisam que a pessoa visada tenha um mínimo de raciocínio e que a mente objeto de seu poder hipnótico esteja em perfeito funcionamento. Os que observamos aqui têm seu campo mental totalmente comprometidos, ao se refugiarem na loucura que os torna mortos-vivos. Nem mesmo sabem o que ocorre à sua volta, e a única sensação que experimentam é a do medo de qualquer outro ser vivo.
(Retirado do livro Legião - Um olhar sobre o reino das sombras de Ângelo Inácio e Robson Pinheiro)
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