terça-feira, 27 de março de 2018

Pontos Riscados – Exemplos

NOTA:
Cada entidade possui sua assinatura espiritual, ponto riscado proprio, particular e unico, que a (o) identifica como parte de uma falange, sua identidade, suas vibrações, campos de atualização, que forças manipula com aquele médium – o enredo do mesmo – assim como as forças que disponibilizará/atuará naquela casa/terreiro/centro em que está se manifestando com o presente médium.
Existem outros pontos riscados que podem ser de puxadas de energias para deteminados fins e trabalhos; ponto de quebra de demanda, descarga, etc.
Portanto, aqui está apenas uns exemplos de pontos riscados.
 
 
 
 
 

sexta-feira, 23 de março de 2018

Exu Pemba Negra:

Um Sentinela do Portal da Escuridão!

Esse Exu viveu muitas vidas e muitas histórias, mas somente uma delas, ele nos permitiu contar e a narrou por si mesmo: "Eu vivi minha última existência em 1530, em Amsterdã, hoje Holanda. Muitos huguenotes, judeus e pagãos refugiaram-se em Amsterdã nessa época, por ser uma cidade com pouco contato com o mundo europeu. Porém, teve início uma guerra que durou oitenta anos e determinou o futuro de muitos 'holandeses'.
Eu era de uma família judaico-cristã, portanto, não tivemos problemas com a Igreja da Europa. Desde cedo frequentei abadias, conventos, monastérios e ordens eclesiásticas para estudar. Tornei-me um dos preferidos dos cardeais e passei a ter certos privilégios, como: aprender a manusear armas de todas as espécies e atuar como espião junto aos governos.
E assim, com a idade de 23 anos eu já era respeitado e requisitado por todos aqueles que queriam fazer uso de minhas habilidades de 'espião-duplo'. Vocês pensam que a espionagem é privilégio do tempo de vocês; mas, eu lhes digo, ela é tão velha quanto o próprio Salomão! (Basta ler na Bíblia que, o próprio Caim matou Abel, após espionar suas conversas com Deus.)
Bom, voltando à minha história, eu tornei-me um excelente espião e entregava literalmente a todos que, segundo minha crença, mereciam o justo castigo. Muitos foram aos calabouços, à forca, à tortura e à morte de diversas maneiras, por minhas mãos. Tornei-me especialista em denunciar e, quanto mais o fazia, menos remorso sentia! Eu até havia me afastado de meus pais e de meus irmãos.
Tornei-me um prisioneiro de mim mesmo e de minhas armadilhas. Mas, dizem, porém, que nosso destino nos procura e o meu bateu-me à porta. Conheci, nessa época, uma linda mulher, que afeiçoou-se a mim, tanto quanto eu a ela. Tornamo-nos amantes ardentes e nada mais nos importava. Esquecemos do mundo lá fora. Mas, não tardou para que eu vivesse o pior dos horrores...
Um dia fui chamado à presença do Cardeal Hispânico e este solicitou-me descobrir o paradeiro de uma jovem, que fora esposa de um Grão-duque da Toscana e fugiu sem deixar vestígios. Diziam ser ela uma "huguenote" e líder da rebelião nos países baixos, pois era descendente de uma importante família etrusca. Quando solicitavam-me o serviço eu nada perguntava, apenas executava-o.
E assim, busquei informações que me levaram ao paradeiro da moça. Surpreso descobri tratar-se da pessoa com quem me relacionava. Eu não sabia se aquilo era um teste da Igreja ou uma armadilha do destino. Por um tempo fiquei sem saber como proceder, até que decidi contar a ela toda a verdade sobre a minha pessoa. Percebi em seu olhar um brilho de pavor, quando lhe relatei a minha profissão. Mas, ela dormiu comigo mesmo assim... Porém, ao despertar pela manhã, não a vi. Procurei por toda parte e não a encontrei.
Ao retornar de minha missão precisava passar um relatório de viagem aos superiores, mas eu era tão vigiado, quanto pensava vigiar! Foi, então, que me declararam que ela encontrava-se presa e eu seria grandemente elogiado por entregá-la de maneira tão sutil e 'elegante'. Nessa hora eu percebi o golpe do destino e das autoridades: fui punido por mim mesmo!
Caí por terra, despenquei, precisava resgatá-la! Pedir clemência ao Cardeal não adiantaria, pois mulher adúltera não tinha perdão. E ela tinha dois agravantes: era huguenote e etrusca. Meu Deus, como colhemos o que plantamos! Eu consegui vê-la após alguns dias e seu estado era deplorável! Olhou-me nos olhos e sorriu, mas nada disse e foi a pior punhalada que recebi! Eu fui um covarde, eu não lutei naquele momento!
Eles sabiam que para libertá-la eu teria que entregar-me e, ao entregar-me, eu seria réu confesso e pagaria caro por esse crime de amor! Como se amar fosse um crime! As mortes que eu causei eram muito mais graves que meu amor por ela... Então, decidi lutar. Eu era excelente no que fazia e poderia libertá-la! Planejei tudo minuciosamente e em dia apropriado apliquei meu plano.
Mas, eles já sabiam e esperavam pelos acontecimentos. Eu fui preso e condenado como espião-duplo e traidor do reino. Como castigo puseram-me acorrentado em uma cela ao lado. Eu a vi ser maltratada dia após dia e nada pude fazer. Seu ex-marido comprazia-se em ver seu sofrimento ser aumentado gradativamente. Que dias terríveis foram aqueles!!! Pareciam não ter fim...
Então, chegou o dia da execução e ambos fomos levados em Praça Pública. Eles me forçaram a olhar para tudo o que fizeram com ela: enforcamento, esquartejamento e cremação. Por fim, eu fui degolado, pois era membro eclesiástico e minha sentença era proferida dessa forma. Eu e ela encontramo-nos do outro lado. Ela estava linda, translúcida, parecia uma Princesa de Luz. Ela seguiu seu caminho de iluminação e eu fiquei nas trevas.
Eu era um farrapo humano e muitos espíritos que persegui exigiam minha punição. Eu fui entregue a um grupo de vingadores para que fizessem o que quisessem comigo. Enquanto exigiam minha condenação, um senhor todo trajado de preto, com um manto a lhe cobrir da cabeça aos pés, aproximou-se do grupo. Percebi que o grupo silenciou e observou, pois respeitavam-no. Então, ele falou que meu destino já estava selado e eu devia cumprí-lo imediatamente. Tirou-me do meio deles e levou-me por um portal.
Chegamos a um pequeno Cemitério, onde ele determinou: -Você recolherá todas as almas que caírem nas Trevas da Ignorância. Depois, encaminhará cada uma delas ao seu desfecho final, dentro do Umbral. Seu nome a partir de hoje será Exu Pemba Negra - como um Guardião das Poeiras e dos Nevoeiros da Escuridão. Eu perguntei: -Por quanto tempo ficarei nessa tarefa? E ele respondeu: -Não há um tempo determinado...
A partir desse momento, eu 'desci' para cumprir minha missão de morte. Perdi o contato com minha família e com ela (a etrusca). Apenas sei onde vivem e o que fazem, mas não posso vê-los ou visitá-los. Ainda cumpro meu trabalho e sou solicitado a todo momento. Essa é minha história; é assim que eu vivo agora."
 

quinta-feira, 22 de março de 2018

Guardião Sete Fronteiras

Aquele que caminha entre os mundos.

Ele foi uma sacerdote druída do século III e viveu na antiga região da Gália. Seu destino era preservar sua crença e seu povo de toda a invasão europeia. Mas, eram "tempos difíceis" aqueles e o conhecimento estava se perdendo... As guerras eram constantes; os homens viviam como animais selvagens; e o caos estava instalado no planeta... Era difícil saber quem venceria e o que permaneceria.
Nessa época, o Cristianismo já havia se efetivado e dominava toda a Europa. As antigas religiões não tinham mais voz ou vez. Estavam sendo extintas uma a uma. Tudo era considerado uma heresia e quem discordasse era morto instantaneamente. Ele sabia de tudo isso, pois foi avisado em sonho. Então, resolveu separar todos os escritos, todas as fórmulas mágicas de seu povo e todo o conhecimento acumulado por séculos, para passar a uma pessoa de confiança.
Observou sua tribo durante semanas, espreitou um a um e no meio deles encontrou um menina de nove anos apenas, de coração puro e olhar meigo. Chamou seus pais e conversou com eles, pediu a guarda da menina, informando que queria doutriná-la na religião ancestral. Os pais sentiram-se honrados, mas ficaram temerosos de se afastar da filha. Porém concordaram em deixá-la sob a guarda do Druída.
Na sétima lua após o acordo firmado, os anglo-saxões invadiram a Aldeia. Os pais da menina acudiram-na e a entregaram ao Druída e disseram: "- Foge e leva nossa filha!" Eles partiram e deixaram para trás uma Aldeia em chamas, saqueada e destruída. A menina chorou muito a perda de seus pais, mas eles tiveram que partir sozinhos, embrenhando-no nas florestas de carvalho e de cedro. Caminharam dias, semanas, meses, sempre à noite... Durante o dia escondiam-se em uma caverna e dormiam, alimentavam-se e ele lhe ensinava.
Continuaram caminhando por meses e por anos através de diversos territórios. Deixaram para trás toda a Gália e toda a história celta. Chegaram, então, a um novo território (que ele visualizou em sonho) e ali permaneceram. Contruíram uma casa e começaram a cuidar da terra, pois era primavera e o gelo estava se desfazendo. Essa região era a Sibéria - um local ainda protegido das invasões dos anglo-saxões.
Assim, puderam viver em paz e com tranquilidade por toda a vida. Ele desencarnou quando ela estava com trinta anos. Ela nunca se casou. Praticou a Religião até o fim de seus dias e, antes de morrer, procurou uma montanha e guardou todos os escritos que havia confeccionado. E determinou mentalmente que, algum dia, alguém de puro coração os encontrasse...
Ela desencarnou mansamente e solitária em sua casa. Ele e seus pais lhe esperavam no outro lado. Juntos começaram uma nova jornada de evolução... Reencarnaram no século VII na França; depois na Itália, durante o século X. E, novamente na França, no século XIV, onde conheceram Joana d'Arc e conviveram com ela. Em seguida, no século XVII reencarnaram na Bulgária, vivendo como mouros. No século XVIII, viveram no norte da América na Tribo dos Sioux. No século XIX, eles reencarnaram, novamente, na França e conheceram a filosofia de Allan Kardec, ao final de suas vidas. E no começo do século XX, estavam reencarnados no Brasil, onde conheceram Zélio de Morais... Nessa vida eles viveram pouco tempo, cada um com sua trajetória.
Depois disso, ele passou a atuar somente no Plano Espiritual como Guardião dos Mistérios Sagrados: um Exu Sete Fronteiras. Ela tornou-se uma Cigana do Oriente. E seus pais estão reencarnados no Brasil, como "pais-de-santo" na Umbanda Sagrada. Nessa história, não nos foi permitido revelar qualquer nome, ou algo que identificasse seus protagonistas. Os "escritos" foram encontrados por historiadores, dezesseis séculos depois, e estão guardados na Cúria Diocesana da Basílica de São Pedro, onde são considerados manuscritos sagrados da antiga religião. Ele, enfim, cumpriu sua missão.

Exu Sete Capas da Jurema e Pombagira Rainha das Matas

Dois caminhos que se cruzaram e formaram uma só história.

Eles viveram no século XV, em meio ao caos da Inquisição e da Perseguição a todos aqueles que professassem uma religião ancestral. Ele era um soldado da Coroa Espanhola e trabalhava a serviço dos Inquisidores Negros. Ela era uma aprendiz da religião da Grande Deusa. Ele viajava muito para capturar os "traidores" da Coroa. Ela morava no norte da Irlanda, onde ainda se preservavam os costumes da religião pagã.
Quando ele passou pelo vilarejo a viu e trocaram olhares. Ela não sabia quem era aquele soldado ou o que ele fazia; muito menos ele desconfiou das suas tradições. Estavam apenas de passagem procurando vestígios da Antiga Religião e cúmplices dos rituais pagãos. Pernoitaram em uma pousada no vilarejo. Ela era a serviçal do local e o serviu durante todo o tempo em que ele esteve hospedado.
Dois dias depois, o regimento seguiu viagem para percorrer todo o território; mas, voltaram em alguns meses. Então, reencontraram-se e dessa vez decidiram estar juntos. Enquanto seu regimento seguiu viagem, ele ficou no Vilarejo por mais duas semanas. Conheceu os familiares dela e assumiram compromisso. Depois retornou à Espanha, para prosseguir com seu trabalho. Todo soldado da Inquisição trabalhava em sigilo, por isso ela não soube o que ele fazia. Os aldeões também guardavam segredo sobre suas práticas por medo de represálias.
Assim, eles assumiram um compromisso que estava entremeado ao destino de cada um... De seis em seis meses ele retornava ao Vilarejo para visitá-la. Marcaram as festividades para o casamento, que se realizaria dentro de um ano, pois ela ainda era menina-moça e ele precisava retornar para terminar alguns compromissos junto a Coroa Espanhola.
No decorrer desse tempo, a Inquisição Italiana assumiu a frente de capturar todos os seguidores da antiga religião e todos os Reinos passaram a servir ao Papado e a Aristocracia Romana. Eles não se viam há mais de três meses e muitas perseguições começaram a ocorrer durante esse período. Foi a época mais negra da história! O vilarejo foi devastado e ela foi levada em frente ao Tribunal da Inquisição Romana. Ele estava lá e a viu... Foi quando cada um soube a verdade sobre o outro.
Ele a procurou na prisão para conversar e ela lhe contou tudo. Ele ficou aflito, pois não sabia o que fazer e que atitude tomar... Tentou interceder por ela e explicou ao Sumo-Pontífice que ela era sua noiva e que nada tinha a ver com aquilo tudo; mas, foi em vão...  A sentença já estava decretada: ela seria decapitada como herege.
No dia da execução ele estava lá e quando o algoz ergueu o machado da execução, ele não se conteve: empunhou sua espada e subiu ao palco das condenações. Matou o algoz e cortou as cordas que prendiam sua amada. Porém, tudo foi em vão, porque em poucos minutos a guarda armada já havia cercado todo o tablado. O Bispo que a tudo assistia, insuflou a multidão dizendo: "Vejam: a feiticeira enfeitiçou nosso soldado! Queimem-na..."
Ela foi arrastada à fogueira e ele foi recolhido à masmorra, como traidor. Por ser soldado, não foi executado, mas terminou seus dias na prisão... Ela morreu em meio às chamas no centro da Cidade Romana. Encontraram-se anos depois no Plano Espiritual, para reconstruírem sua jornada juntos. Hoje, eles trabalham na Umbanda Sagrada e servem ao Amor Maior com dedicação e coragem.

Exu Cospe Fogo

Guardião do Reino Umbralino Ígneo.

Essa vida que vou narrar aconteceu no século IV, na antiga Capadócia. Eu me chamava Josué e era um simples aldeão do vilarejo. Nessa época Roma nos comandava e pagávamos altos impostos à Coroa. A maioria de nós se revoltava com essa condição, pois Roma abusava dessa situação e nos tratava como escravos.
Capadócia é um nome de origem hitita e significa "Terra de Belos Cavalos" (Katpadukya) e essa fama era verdadeira, pois criávamos excelentes cavalos de raça. Nossos cavalos eram considerados os melhores presentes e sempre eram dados aos maiores reis e comandantes dos diversos reinos. Isso despertava olhos cobiçosos sobre nós... (http://fuievolteipracontar.blogspot.com.br/2011_06_01_archive.html)
Eu possuía uma pequena ferraria onde realizava consertos diversos, inclusive o ferrageamento dos cavalos. Na época não era costume colocar ferraduras nos cascos dos cavalos, pois muitos achavam que isso machucaria o animal. Então, muitos debatiam se era correto ou não ferragear um cavalo. Em nossas terras isso tornou-se usual e, com o tempo, muitos perceberam a vantagem do ferrageamento.
Durante essa existência eu tive o privilégio de acompanhar de perto uma das histórias mais fascinantes relatada até hoje... Eu conheci pessoalmente Jorge de Anicii, o santo que se tornaria uma espécie de patrimônio histórico da Umbanda! Muitos de vocês não sabem, mas o retrato de São Jorge montado em um cavalo branco combatendo o dragão se deve à Capadócia e uma suas lendas.
Como na Capadócia a criação de cavalos raros era nossa maior riqueza, o cavalo branco era considerado o emblema da região. Jorge era querido e amado por todos e foi presenteado com o melhor e mais belo cavalo de toda Capadócia! O dragãorepresentava para nós o domínio romano e o imperador Diocleciano. A Princesa era a representação de todas as mulheres maltratadas e abusadas durante o comando imperial. E a Igrejinha refere-se a Cristo e à Igreja que foi construída em sua homenagem.(http://gloriososaojorge.blogspot.com.br/)
Quando a história de São Jorge aconteceu, muitos dos capadócios estavam inconformados com o domínio romano e resolveram lutar. Eu estava entre eles e fornecia espadas e lanças para a luta. Foi uma dura batalha, que se arrastou por muitos anos e que nunca teve um fim, pois nossa região era perseguida de muitas maneiras e quando uma guerra terminava, outra iniciava. Se saímos do domínio de Roma, caímos em outros domínios...
Eu morri lutando e nunca me arrependi de nada do que fiz. Forneci muitas armas para os meus compatriotas e fui um verdadeiro ferreiro. Hoje, eu sou um Cavaleiro da Ordem de São Miguel e de São Jorge e trabalho há muitos séculos por Eles e para Eles, servindo a Cristo. Também obedeço a Mãe de Todas as Nações: "Maria" - aquela que substituiu a crença na Grande Deusa pela fé em seu filho Jesus.
Nossa missão é resgatar as almas perdidas no fogo umbralino e ajudá-las a evoluir novamente. Também punimos e castigamos aqueles que fazem mal uso da fé e da crença no mundo em que vocês vivem. Somos nós os responsáveis por agir em todas as ações de homens-bomba, terroristas e religiosos que aplicam mal o conhecimento divino. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_de_S%C3%A3o_Miguel_e_S%C3%A3o_Jorge)
 

Exu do Fogo

O Mago da Pedra Filosofal!

Leandro Maximiliam nasceu na Bósnia, em 1723. Era um exímio ourives e artesão. Suas peças eram disputadas pelos nobres. Buscou durante muito tempo o "Elixir da Longa Vida" e a "Pedra Filosofal", participou de Ordens e Sociedades Ocultas e estudou tudo o que podia sobre magia elemental. Ele possuia habilidades únicas, como: radiestesia, magnetismo, transdução, entre outras. Leandro usava essas capacidades na criação de peças artesanais de ouro de baixo quilate e alto quilate. Com isso, podia converter "ouro de pobre" em "ouro de rico", o que para ele era quase a descoberta da pedra filosofal.
Em 1758 tornou-se o Grão Mestre da Ordem dos Herméticos e também um dos participantes mais ativo das Ordens de Salomão, Rosa Cruz e Maçonaria. Leandro não casou e não teve filhos. Sua vida foi totalmente dedicada aos estudos ocultos, exotéricos, místicos e cabalísticos. Teve mulheres, porém, nunca firmou um compromisso. Morreu aos 90 anos, de causas naturais. Havia acumulado uma grande fortuna, devido ao seu prestígio como joalheiro. Um ano antes de sua morte, doou a maior parte de suas posses a uma instituição de amparo a viúvas, crianças órfãs e idosos. Nesse último ano, passou a viver na sede de uma das ordens e foi cuidado por um de seus discípulos, a quem deixou o restante de suas posses.
Leandro Maximiliam tornou-se o Exu do Fogo, ao adentrar a Esfera Astral do Reino Espiritual e aprimorou seus conhecimentos trabalhando em prol da evolução planetária. Sua ação está na transmutação das energias e na formação de campos de proteção ao redor de seus assistidos.


Exu Rei das Cobras!

O Senhor da Medicina Mágica!

Esse Exu nasceu na África Medieval, nos tempos em que os Europeus começaram a desvendar os mistérios dos Sete Mares. Seu nome era Mustafah Mun Arah e ele era um exímio encantador de serpentes. Sabia como ninguém deslocar-se pelo deserto de Saara, encontrando oásis e água em abundância. Sua principal qualidade era saber a localização exata de jazidas de pedras preciosas e seus serviços eram solicitados pela Coroa Britânica e Espanhola.
Mustafah possuía em seus antepassados o cruzamento das raças orientais e egípcias, então seus olhos eram esverdeados e levemente puxados. O que lhe dava um aspecto similar aos olhos das cobras. Ele sabia encantá-las, utilizando seu veneno em curas diversas e por isso chamavam-no "O Rei das Cobras" - apelido que o seguiu após o desencarne.
Viveu muitos anos bons ajudando os conquistadores a encontrar as jazidas de pedras preciosas. Morreu em um dos combates entre os mamelucos abássidas, servidores dos Califas Otomanos, e o exército Franco-espanhol, na conquista do ouro ocidental africano.

Exu Pemba Negra:

Um Sentinela do Portal da Escuridão!

Esse Exu viveu muitas vidas e muitas histórias, mas somente uma delas, ele nos permitiu contar e a narrou por si mesmo: "Eu vivi minha última existência em 1530, em Amsterdã, hoje Holanda. Muitos huguenotes, judeus e pagãos refugiaram-se em Amsterdã nessa época, por ser uma cidade com pouco contato com o mundo europeu. Porém, teve início uma guerra que durou oitenta anos e determinou o futuro de muitos 'holandeses'.
Eu era de uma família judaico-cristã, portanto, não tivemos problemas com a Igreja da Europa. Desde cedo frequentei abadias, conventos, monastérios e ordens eclesiásticas para estudar. Tornei-me um dos preferidos dos cardeais e passei a ter certos privilégios, como: aprender a manusear armas de todas as espécies e atuar como espião junto aos governos.
E assim, com a idade de 23 anos eu já era respeitado e requisitado por todos aqueles que queriam fazer uso de minhas habilidades de 'espião-duplo'. Vocês pensam que a espionagem é privilégio do tempo de vocês; mas, eu lhes digo, ela é tão velha quanto o próprio Salomão! (Basta ler na Bíblia que, o próprio Caim matou Abel, após espionar suas conversas com Deus.)
Bom, voltando à minha história, eu tornei-me um excelente espião e entregava literalmente a todos que, segundo minha crença, mereciam o justo castigo. Muitos foram aos calabouços, à forca, à tortura e à morte de diversas maneiras, por minhas mãos. Tornei-me especialista em denunciar e, quanto mais o fazia, menos remorso sentia! Eu até havia me afastado de meus pais e de meus irmãos.
Tornei-me um prisioneiro de mim mesmo e de minhas armadilhas. Mas, dizem, porém, que nosso destino nos procura e o meu bateu-me à porta. Conheci, nessa época, uma linda mulher, que afeiçoou-se a mim, tanto quanto eu a ela. Tornamo-nos amantes ardentes e nada mais nos importava. Esquecemos do mundo lá fora. Mas, não tardou para que eu vivesse o pior dos horrores...
Um dia fui chamado à presença do Cardeal Hispânico e este solicitou-me descobrir o paradeiro de uma jovem, que fora esposa de um Grão-duque da Toscana e fugiu sem deixar vestígios. Diziam ser ela uma "huguenote" e líder da rebelião nos países baixos, pois era descendente de uma importante família etrusca. Quando solicitavam-me o serviço eu nada perguntava, apenas executava-o.
E assim, busquei informações que me levaram ao paradeiro da moça. Surpreso descobri tratar-se da pessoa com quem me relacionava. Eu não sabia se aquilo era um teste da Igreja ou uma armadilha do destino. Por um tempo fiquei sem saber como proceder, até que decidi contar a ela toda a verdade sobre a minha pessoa. Percebi em seu olhar um brilho de pavor, quando lhe relatei a minha profissão. Mas, ela dormiu comigo mesmo assim... Porém, ao despertar pela manhã, não a vi. Procurei por toda parte e não a encontrei.
Ao retornar de minha missão precisava passar um relatório de viagem aos superiores, mas eu era tão vigiado, quanto pensava vigiar! Foi, então, que me declararam que ela encontrava-se presa e eu seria grandemente elogiado por entregá-la de maneira tão sutil e 'elegante'. Nessa hora eu percebi o golpe do destino e das autoridades: fui punido por mim mesmo!
Caí por terra, despenquei, precisava resgatá-la! Pedir clemência ao Cardeal não adiantaria, pois mulher adúltera não tinha perdão. E ela tinha dois agravantes: era huguenote e etrusca. Meu Deus, como colhemos o que plantamos! Eu consegui vê-la após alguns dias e seu estado era deplorável! Olhou-me nos olhos e sorriu, mas nada disse e foi a pior punhalada que recebi! Eu fui um covarde, eu não lutei naquele momento!
Eles sabiam que para libertá-la eu teria que entregar-me e, ao entregar-me, eu seria réu confesso e pagaria caro por esse crime de amor! Como se amar fosse um crime! As mortes que eu causei eram muito mais graves que meu amor por ela... Então, decidi lutar. Eu era excelente no que fazia e poderia libertá-la! Planejei tudo minuciosamente e em dia apropriado apliquei meu plano.
Mas, eles já sabiam e esperavam pelos acontecimentos. Eu fui preso e condenado como espião-duplo e traidor do reino. Como castigo puseram-me acorrentado em uma cela ao lado. Eu a vi ser maltratada dia após dia e nada pude fazer. Seu ex-marido comprazia-se em ver seu sofrimento ser aumentado gradativamente. Que dias terríveis foram aqueles!!! Pareciam não ter fim...
Então, chegou o dia da execução e ambos fomos levados em Praça Pública. Eles me forçaram a olhar para tudo o que fizeram com ela: enforcamento, esquartejamento e cremação. Por fim, eu fui degolado, pois era membro eclesiástico e minha sentença era proferida dessa forma. Eu e ela encontramo-nos do outro lado. Ela estava linda, translúcida, parecia uma Princesa de Luz. Ela seguiu seu caminho de iluminação e eu fiquei nas trevas.
Eu era um farrapo humano e muitos espíritos que persegui exigiam minha punição. Eu fui entregue a um grupo de vingadores para que fizessem o que quisessem comigo. Enquanto exigiam minha condenação, um senhor todo trajado de preto, com um manto a lhe cobrir da cabeça aos pés, aproximou-se do grupo. Percebi que o grupo silenciou e observou, pois respeitavam-no. Então, ele falou que meu destino já estava selado e eu devia cumprí-lo imediatamente. Tirou-me do meio deles e levou-me por um portal.
Chegamos a um pequeno Cemitério, onde ele determinou: -Você recolherá todas as almas que caírem nas Trevas da Ignorância. Depois, encaminhará cada uma delas ao seu desfecho final, dentro do Umbral. Seu nome a partir de hoje será Exu Pemba Negra - como um Guardião das Poeiras e dos Nevoeiros da Escuridão. Eu perguntei: -Por quanto tempo ficarei nessa tarefa? E ele respondeu: -Não há um tempo determinado...
A partir desse momento, eu 'desci' para cumprir minha missão de morte. Perdi o contato com minha família e com ela (a etrusca). Apenas sei onde vivem e o que fazem, mas não posso vê-los ou visitá-los. Ainda cumpro meu trabalho e sou solicitado a todo momento. Essa é minha história; é assim que eu vivo agora."
 

O Senhor Tata Caveira... Um Exu que já foi Pirata!

Esse Exu do Cemitério, gosta de conversar muito e se apresenta fazendo graça. Diz que prefere as gordinhas, que de esqueleto já chega ele e depois ri, ri muito. Ele sempre tem um conselho ou uma solução para quem o procura. Você até pensa que ele não está trabalhando pela maneira de se comportar... Mas, essa é a forma que ele encontrou de melhor agir: disfarçando. Na verdade, ele trabalha muito bem e quando você pensa que ele está indo buscar uma solução, ele já voltou com o problema resolvido. Ele também é muito bom em limpar a aura e o psiquismo das pessoas. Todos que conversam com ele se sentem melhores; seja pelo seu jeito peculiar de agir, seja por seu magnetismo em ação, enfim, seja porque ele é um bom guardião!
Lembro-me que a primeira vez que o Senhor Sete Encruzilhadas apresentou-me o Senhor Caveira, ele não me pareceu nada simpático e eu relutei em tê-lo por perto. A aparência dele não era das melhores; foram três dias de conversa e entendimentos. Depois que trabalhamos juntos algum tempo, eu soube sua história... Ele viveu em torno de 1500 a 1600, navegando pelos Sete Mares, como capitão de um navio. Ao entrar em guerra com outro navio por disputa de mercadorias e espaço, foi morto pelo fio de uma espada - degolado. Quando vi sua verdadeira imagem: um jovem muito bonito de cabelos encaracolados e olhos fortes - me surpreendi. Pensei que ele fosse mais velho... Mas, disse-me ele: - Morri jovem naquela vida, mas meu espírito já viveu muito, por isso eu sou um "Tata" e trabalho como "Caveira" no cemitério, recolhendo as almas daqueles que, como eu, não souberam lutar por sua vida de forma honesta.
Hoje, depois de alguns anos de trabalho, sou muito grato a esse Guardião que se tornou meu amigo e companheiro de jornada evolutiva. Se não dei o devido valor a esse Exu, peço-lhe agora que me perdoe...



Frases que o "Senhor Tata" gosta de usar em suas conversas com os consulentes:

- Eu gosto das gordinhas porque têm carne, esse negócio de esqueleto, já chega eu! Já pensou osso com osso? (Elogiando a mulher que se menospreza e fazendo-a se sentir melhor.)

- Você quer que eu vá te buscar pra dar uma voltinha no cemitério comigo? (Quando a pessoa diz que quer conhecer o "outro lado"...)

- Você tem certeza que quer que eu te ajude? Se eu levar o indivíduo embora você não vai reclamar? (Quando a pessoa pede para fazer alguma coisa "errada".)

- É bom incorporar nas mulheres porque dá pra brincar com as mulheres... Se eu incorporo num homem vou querer agarrá-las e não dará muito certo! (Referindo-se ao fato de estar trabalhando sério!)

- Você não venha de mentira comigo, porque eu enxergo a verdade! Comigo é tudo transparente! (Falando de sua aparência de caveira...)

- Quando você morrer vou te levar pra trabalhar comigo! Você é muito eficiente! Estou precisando de uma secretária assim! (Quando ele atende um mulher bonita...)

- Quem disse que pra trabalhar tem que ser sério? Eu posso trabalhar sorrindo! (Quando lhe perguntam porque ele está sempre de bom humor...)

- Esse namorado que você tem é muito fraco mesmo! Se fosse eu, você ia ver! Ah, que pena que não estou na carne! (Quando a moça reclama que o rapaz não lhe dá atenção.)

- Como você é mentiroso: o que você está fazendo aqui, se diz que está tudo bem? Então vá pra casa! (Quando o consulente diz que está tudo bem.) E depois emenda: - Você sabe que não pode mentir pra mim: eu enxergo tudo transparente! Mas, vamos lá que eu vou te ajudar...

- Quando é pra ajudar, eu tiro até o couro do indivíduo! É por isso que eu sou uma caveira! Porque eu vou até o fundo de uma questão... até achar uma solução e deixar o vivente só em osso! (Referindo-se ao fato de sempre agir de acordo com a Lei Maior e sempre fazer o que é certo!)

- Ih, você tem medo de mim? Então não pode morrer... porque sou eu quem estará te esperando do outro lado! Pois eu sou: o Servo da Morte! (Quando conversa com um médium medroso.)
 

Exu Giramundo

Um Exu que veio de outro mundo!

Sua história começou muito antes de muitas histórias... Muitos de vocês, talvez não acreditem em vida fora da Terra, mas esse Exu veio de outras Terras, de outros mundos. Viveu em um planeta melhor e mais evoluído que o nosso, em outro Sistema Solar. Acompanhou a orbe dos "exilados" para povoar esse novo mundo, mas ao chegar aqui, conheceu o amor de uma mortal humana e apaixonou-se. Esqueceu de seu compromisso como guardião estelar, esqueceu quem era e apenas quis viver esse amor. Quis ser mortal, tornar-se humano e viver por aqui. Porém, ao fazer isso, foi expulso da Federação e perdeu seus direitos. Ao aceitar viver na Terra, sofreu as dores da carne e de ser renegado, foi perseguido por aqueles que trouxe e pelos seus; foi um excluído!
Somente sua amada ainda o quis e com ela fugiu... Mas foi caçado! Mataram-na e ele nada mais teve de seu... Somente seu ódio e sua sede de vingança! Descobriu o que é ser humano! Tornou-se um bárbaro e um conquistador. Conquistou reinos e pessoas. Ficou conhecido como o "El Diablo Negro"! Podia ir e estar em qualquer lugar - seu poder era enorme!
Na época de sua primeira vida na Terra, os Atlantes ainda existiam... A partir daí reencarnou em Lemúria, em Mu, no baixo Egito, na África e sempre com a mesma tirania conduzia o seu povo. Tornou-se amado e odiado. Quando não lembrava mais quem era e de onde veio, reencontrou o amor de uma mulher, muito parecida com aquela que amou um dia. Ela vivia entre o povo hebreu que fugiu do Egito, sob o comando de Moisés. A história dela era muito parecida com uma história que ele conheceu em outras épocas e algo dentro dele renasceu...
A partir dessa vida, passou a reencarnar no oriente, entre o povo de pele amarela... Conheceu o Hinduísmo e o Xintoísmo e tornou-se menos tirano. Sua última encarnação foi na época de Buda. Conheceu sua filosofia de vida. Decidiu mudar e reaprendeu a viver. Ao desencarnar foi convidado a trabalhar na semeadura de um novo compromisso nas terras onde andou. Conheceu, então, o Cristianismo! E mais tarde também auxiliou Maomé.
Depois disso passou a atuar no planeta em todas religiões nascentes e crescentes. É por isso que hoje ele trabalha na Umbanda, como já trabalhou em tantas outras religiões. Seu nome: EXU GIRAMUNDO, vem do fato dele poder estar em diversas esferas, atuar em diversos setores e se deslocar no tempo e no espaço com muita habilidade. Por isso, ele gira o mundo e sempre sabe como resolver uma situação ou como encontrar uma solução para o problema em questão. Porque ele é verdadeiramente um guardião!

Exu do Lodo

O médico dos caídos!

O Senhor Exu do Lodo cuida dos pântanos, brejos e lugares de difícil acesso no Umbral. Ele trabalha, principalmente, para as Mães d'Água, socorrendo aqueles que cairam no lodo das imundícies da alma, perseguindo a ilusão das vaidades humanas.
Esse Exu foi um grande médico, cientista e pesquisador da cidade de Amsterdã, na Holanda, durante o século XVIII. Fez sucesso em sua área por salvar muitas vidas de pessoas importantes da sociedade. Porém, nunca atendeu ou deu atenção a um pobre sequer. Não atendia sem o pagamento da consulta. Sua missão naquela vida era construir hospitais, asilos e escolas para os menos favorecidos - o que ele não fez. Ele fundou um grandioso hospital, realizou cirurgias importantes, mas nunca se preocupou com a classe menos favorecida. Viveu para a fama e o sucesso. Sua mãe sempre lhe dizia para usar um pouco de sua fama para ajudar os necessitados. Ele consentia, dizia que o faria, mas nunca moveu um dedo nesse benefício.
Ao morrer, caiu no lodo umbralino das amarguras humanas e sentiu a ilusão da vida. Ficou por anos remoendo e tentando compreender sua situação. Quando foi socorrido por sua mãe, seu espírito estava condoído por ter percebido que desperdiçou uma vida e uma missão. Pediu para renascer e aprender sobre a simplicidade da vida... Nasceu no Brasil, entre os índios Caetés. Viveu apenas oito anos e morreu em consequência de uma picada de cobra venenosa. Sua mãe novamente o recolheu... No Plano espiritual retomou sua forma adulta, estudou e pediu para cumprir sua missão como médico dos espíritos imundos. Dessa vez não reencarnaria, mas assumiria a forma de um Guardião do Lodo e recolheria todos aqueles que caíssem nas ilusões da vida.
Assim, esse Exu do Lodo, trabalha e cuida do local mais denso do Umbral: o pântano. Ele recolhe, limpa e encaminha os espíritos que caem após uma vida perniciosa. Também atua nas reuniões dos Centros Espíritas, Espiritualistas e Umbandistas, limpando a energia do local e a aura de todos os participantes.

Exu Porteira

O Senhor das Portas Abertas ou Fechadas!

O Senhor Exu Porteira não cuida apenas das "porteiras" de um cemitério. A palavra porteira, na verdade, refere-se a "passagem" ou porta. Um Exu Porteira cuida de todos os portais e passagens de diversos lugares nos Planos Espirituais. Ele é o intermediário entre dois planos, sejam eles: espiritual e terreno, ígneo e telúrico, etérico e astral, ou outros.
Bom, o Exu Porteira desta seara nos contou a seguinte história: "Nasceu em Londres no século XVI, foi um Lorde inglês e aristocrata. Trabalhou junto ao governo da Coroa Britânica, servindo a Rainha da Escócia. Viveu uma vida de luxo e tradição junto ao Reino Unido por sessenta anos. Morreu em 1564, de parada cardíaca. Teve uma entrevida sem grande importância e depois reencarnou no Brasil, no ano de 1688. Tornou-se produtor de café nas terras do estado de São Paulo, durante o século XVIII, pois o café estava se poupularizando na Europa. Viveu novamente uma vida de luxo e aristocracia, dessa vez, junto ao governo português. Desencarnou aos 80 anos... Em suas vidas de aristocracia viajou muito e conheceu diversas culturas. Sempre foi um espírito muito inteligente, conhecedor das diferenças sociais e dos mistérios da vida. Ao chegar ao Plano Espiritual decidiu estudar e trabalhar. Queria entender os mistérios da vida e do Universo. Assim, tornou-se o Guardião das Sete Porteiras Espirituais!"

Exu Marabô

Guardião da Floresta...

O Senhor Exu Marabô ou Barabô, costuma ser sisudo, de pouca fala e muita ação. Ele apresenta-se nos trabalhos quando se  faz necessário purificar, energizar ou transmutar as energias de um ambiente. Ele é um guardião das reservas fluídicas do planeta. Sua ação é rápida e eficaz.
O Exu Marabô desta Seara já foi um grande e nobre guerreiro do Reino Francês. Lutou muitas guerras e venceu muitas batalhas. Sabia a arte de curar ferimentos de guerra - herança de seus antepassados nórdicos. Quando a França firmou seu reino, ele tornou-se um servo fiel da coroa, servindo ao Rei e aos Ministros, tornando-se um dos conselheiros. Em idade avançada passou a estudar medicina oculta e dedicou-se a assuntos esotéricos. Fez parte de Sociedades Secretas e serviu a diversas Ordens e Facções.
Marabô trabalha na Linha de Oxóssi, auxiliando a transformar as energias herbáceas e florais dos amacis e boris. Ele também atua em limpezas e curas diversas, durante o trabalho mediúnico, mesmo sem incorporação ou à distância. Quem possui um Exu Marabô em seus trabalhos, tem um fiel escudeiro!

A história do Senhor Exu Capa Preta desta seara.

Apresento-vos um Exu que já foi "Mago Negro"!

Ontem, durante um dos trabalhos da casa, o Senhor Exu Capa Preta me disse: "- Ei, você não vai escrever sobre mim?" E eu respondi: - Você não me deu permissão e nem me contou sua história... Então, ele me olhou e eu entendi que podia contar.
Agora, transcrevo a história do Senhor Exu Capa Preta, que trabalha nesta Casa de Umbanda:
Ele viveu no século XVI, no norte da Europa. Serviu a Igreja Católica como clérigo e mais tarde como Inquisidor; mandou perseguir muita gente e matou muitos: degolados, enforcados e queimados. Era cruel e firme em suas decisões - muitos o temiam! Seu nome era sinal de respeito pela Igreja e de pavor entre os moradores. Jamais recuou em uma decisão; jamais se arrependeu delas! Tornou-se um dos Maiores Inquisidores Negros de toda a Europa! O Inquisidor era tido como "negro" quando sua sede de sangue era profunda e mordaz.
Ao desencarnar percebeu que o espírito é eterno e que todas as nossas decisões nos aguardam do outro lado. Seu espírito, em verdade, era o de um cientista evoluído, que perdeu essa encarnação por todo o mal praticado. Já havia sido alquimista e astrônomo em outras vidas. Serviu reis e rainhas como conselheiro. Percebeu que quase se perdeu...
Um Exu Capa Preta é uma entidade que possui inúmeras qualidades e conhecimentos variados, sobre os mais diversos temas e pode atuar em muitas esferas. Para evoluir e pagar seu Kharma de cruel perseguidor, foi solicitado pela Colônia de Aruanda a servir todo e qualquer falangeiro como um emissário "Capa Preta". Sua Capa esconde sua vergonha e é preta até que possa evoluir e torná-la alva como a luz.
Mas, se enganam aqueles que pensam que ele ainda não evoluiu, pois sua dívida está quitada... Porém, quis ele permanecer no meio umbralino resgatando a todos que, como ele, abusaram do poder e usurparam a justiça.
O Senhor "Capa Preta" é hoje um justiceiro do Reino de Maria, a quem serve com devoção e amor, por ser ela a Mãe devotada que o tirou das prisões infernais!
E como pediu-me, aqui relatei sua história...

Apresento-vos o Senhor Exu Lúcifer

E seus assistentes: os "cramunhãozinhos"!

Primeiramente, vamos elucidar que demoramos para escrever essa postagem a pedido de nossos próprios Mentores. Depois, há o fato de todo o preconceito e desconhecimento em torno dos Exus e das Pombagiras, que são Entidades Yorubanas da África. Então, imaginem escrever sobre "Lúcifer", que é citado na Bíblia como o "Anjo Caído do Senhor"!?
O seu nome significa: Lucem Ferre - o "Portador da Luz", mas ele possui outros nomes, em outros idiomas, como: Heilel Bem-ShacharHeosphorosShai'tan, entre outros.  Muitos chamam-no de Diabo, Satã ou Satanás e outros nomes. Baco, o deus grego, também já foi confundido com ele, quando a Igreja Católica dominou a maioria dos continentes. E, também, houveram outras entidades e devas de religiões pagãs, que foram chamadas de "demoníacas" ou "satânicas"; fazendo com que seus seguidores fossem "queimados vivos" e chamados de adoradores do Diabo.
Antes de começar realmente a escrever sobre esse Exu, queremos citar uma passagem Bíblica (Jó 1;6-12), onde Deus reúne seus servos e dentre eles está o "diabo". Então Deus pergunta a "ele" sobre Jó: "Você tem visto meu servo Jó?" E, ele começa a debater com Deus, a fidelidade de Jó. Então, Deus lhe dá a permissão de importunar seu servo da maneira que quiser, mas "sem tocar em sua vida". Vejam só: Deus permite ao Diabo incomodar Jó, desde que não lhe tire a vida. Isso está bastante claro: Deus comanda a tudo e Lúcifer é também seu servo.
Quando alguém comete erros, desatinos ou pratica o mal, ele exime-se de sua culpa dizendo: eu fui "atentado", a culpa não é minha, eu fui induzido a fazer essas coisas... Temos esse costume de culpar os outros por nossos erros, em vez de assumirmos nossas culpas e nossas falhas. As religiões espiritualistas acreditam que cada um possui em si mesmo o bem e o mal e que o próprio indivíduo é responsável pela sua evolução. Assim, não há como culpar o outro por nossas derrotas. Nós somos responsáveis por nós mesmos.
O Senhor Exu Lúcifer é o Senhor Absoluto do mais baixo Umbral! Ele é responsável por recolher e doutrinar as almas desviadas do caminho do bem. Junto dele atuam diversos Exus e Pombagiras, mas seus fiéis servos são os populares "Cramunhãozinhos" - alguns chamam de Capetinhas ou Diabinhos. Eles são os responsáveis por "infernizar, atormentar e testar" a vida da pessoa que precisa provar seu valor a Deus. Por que eles possuem essa permissão? Porque todo indivíduo que possui missão, pode corromper-se e desviar-se do bom caminho, praticando todo o tipo de malefícios. Nada melhor do que "o morador mais antigo da Terra e o maior conhecedor de todos os males" testar a criatura em seus anseios.
Prova disso, de que todos são testados sem distinção, está no Período da Quaresma - da quarentena de Cristo no deserto - onde o Diabo também tenta e testa Jesus em seu verdadeiro objetivo de vida. A pergunta que cabe aqui é: "Deus permitiu ao Diabo testar seu próprio Filho?" Sim, porque é Deus Quem a tudo permite - é Bíblico! Então, se somos "tentados" ou "testados" isso ocorre com a permissão de Nosso Pai Maior (Olorum - Zambi - Deus). Pois, Ele precisa ter certeza que cumpriremos nossa missão verdadeiramente, dentro da Lei Maior.
Exu Lúcifer não tem uma história, pois simplesmente existe e sempre existiu. Onde os Mundos são criados, onde a vida é gerada, ele é designado para trabalhar. Ele está lá para manter a Ordem e o Equilíbrio. Ele sempre é condenado, julgado e rechaçado - essa é a sua sina, mas ele a aceitou por amor ao Pai - pois, alguém precisa comandar o Escuro das Almas. Quem possui um Exu Lúcifer em sua hierarquia de trabalho, pode ter certeza de que possui débitos com a Lei da Justiça Cósmica Universal e a melhor forma de quitá-la é cumprir sua missão de comando com sabedoria, sem fazer mal uso dessa "força sobrenatural".
Os cramunhãozinhos, capetinhas ou diabinhos não são Exus Mirins. Eles são, na verdade, Elementais Negativos do "Embaixo": auxiliares do Maioral. Um elemental não é um espírito, ele é uma forma astral, que ocupa um Reino a parte e habita outros mundos. Por isso, eles podem deslocar-se no tempo e no espaço e "aparecer" onde quiserem. Da mesma forma, O Maioral "Senhor Lúcifer", não é um espírito, nunca foi, pois não possuiu vida carnal. Ele passou diretamente, de um Reino Angelical a um Reino Astral, para cumprir sua missão de "doutrinador" dos espíritos errantes. Lúcifer, com seus diabinhos, infernizam, testam e tentam todo e qualquer ser humano, para que Olorum (Zambi) tenha certeza de sua fidelidade!
 

Eis o Senhor Exu Tranca Ruas das Almas!

"Exu que é Exu trabalha e não enrola..."

O Exu Tranca Ruas é um dos mais conhecidos e cultuados dentro da Umbanda Sagrada e também um dos mais "comentados" fora das giras. Sempre se canta pra ele na abertura de um trabalho... Ele é aquele que tranca e destranca um lugar, um caminho ou uma situação.
O Exu Tranca Ruas desta seara trabalha nas Linhas de Ogun e Omulu, servindo a Falange das Almas, fazendo "puxadas" como ninguém. Ou, como ele mesmo diz: "Sou bom em tirar o mal do couro dos outros!"
Esse Exu viveu no Brasil Colônia e foi um senhor feudal, dono de muitas terras e muitos escravos, enriqueceu muito, conheceu o bem e o mal de perto e viveu muitos anos. Ao desencarnar, o bem era sua soma de méritos de muitas vidas e o mal representava sua dívida com a humanidade. Quis pagar... Pediu para ser um servo daqueles a quem perseguiu. E assim foi...
Hoje é respeitado e honrado, cumpriu seu dever e pode seguir sua jornada, mas preferiu ficar trabalhando como Exu, para continuar servindo a Umbanda e a todos que dele precisarem. Segundo ele, Exu não tem nome, Exu não tem história, Exu apenas faz! É assim Exu: muitas vezes temido, muitas vezes aclamado, mas sempre necessário!


Exu Veludo e Exu Veludinho da Meia Noite


Pai e filho trabalhando juntos pelo mesmo ideal!

Quando essas duas entidades nos pediram que publicassem suas histórias, achamos muitíssimo interessante, pois ela seria uma história única! Normalmente, publicamos as histórias de cada entidade separadamente, pois cada uma delas possui seus aspectos, suas particularidades e seus pontos únicos. Esse Exu Mirim ou Exu Menino pode ser chamado de "O Travesso da Madrugada", enquanto o Senhor Exu Veludo é o "Sisudo das Noites Frias". São duas figuras totalmente opostas! Enquanto um faz graças e peraltices, o outro esbraveja, fecha a cara e atua. Então, como podem trabalhar juntos? Para entender melhor, precisamos conhecer a história desses dois e compreender porque eles continuam ligados até hoje.
Bom, tudo começou no século IV, na região onde hoje se localiza a Grã-Bretanha, quando Veludinho (Jean Paul) era o irmão mais velho de Veludo (Jilian Klaus) e herdeiro das terras do ducado de Monte Carlo. Quando o pai faleceu (Duque Sergei Carlo Filipo), Jean Paul assumiu as terras e a tutela de Jilian. Na época, Jean tinha 25 anos e Jilian 16 anos. No acordo firmado entre eles, Jilian deveria receber sua parte da herança aos 21 anos e enquanto isso, ficaria sob os cuidados de Jean Paul. Quando Jilian completou 21 anos, Jean não lhe passou sua parte da herança e ainda o desafiou para um duelo de espadas. No duelo, Jean saiu vitorioso, pois possuía maior experiência.
Passaram-se algumas vidas sem que eles se encontrassem. Então, reencarnaram novamente em Viena no século X, como irmãos gêmeos porém, sem posses, teriam que trabalhar para sobreviver. Os pais eram lavradores e ensinaram aos filhos seus ofícios desde cedo, mas eles não queriam saber de mexer com a terra e passaram a praticar pequenas furtos. Em pouco tempo tornaram-se exímios ladrões, assaltando caravanas e excursões reais. Em poucos anos eram os bandidos mais procurados da região. Foram descobertos e mortos pela milícia real.
Os dois espíritos passaram alguns anos perambulando pelo Umbral, depois foram recolhidos e encaminhados para a Colônia Espiritual de Triagem. Reencarnaram, dessa vez no Brasil central, sob o jugo da escravidão, como pai e filho. Tentaram a fuga para o Kilombo diversas vezes e até auxiliaram diversos negros a escapar. Conseguiram auxiliar algumas pessoas idosas e até mulheres e crianças a fugir. Mas, todas as vezes que tentavam escapar eram presos e levados ao tronco. João, o pai, que já havia sido o irmão mais novo, tentava proteger o filho (Benedito) de todas as formas. João estava com 43 anos e Benedito tinha 14 anos, nessa época. A mãe "Nhá Maria" já havia falecido e os dois foram os únicos que restaram de toda a família. Muitos de seus amigos e familiares já haviam fugido para o Kilombo das Almas no estados das Minas Gerais.
Era o ano de 1783 e eles tentaram fugir mais uma vez, mas foram pegos. Dessa vez, morreram no tronco ao som da chibata, sem água e sem comida. Como haviam aprendido a conviver e a trabalhar juntos, foram convidados a representar o culto africano que crescia no Brasil. Eles seriam os guardiões da "Meia Noite" no Culto dos Ancestrais, pois é a hora em que Exu socorre as almas perdidas. Seriam reconhecidos pelos nomes de "Exu Veludo da Meia Noite" e "Exu Veludinho da Meia Noite e Meia". A função deles seria impedir que seus irmãos de raça e cor usassem a religião para a vingança e a crueldade.
Eles foram doutrinados no uso correto da magia, aprenderam a desmanchar amarrações e receberam o conhecimento de como neutralizar possessões. Assim, iniciaram suas tarefas no astral inferior das trevas demoníacas. Aqui abro um parênteses, para explicar que esses dois foram designados para essa tarefa, pois muito antes dessas encarnações que me permitiram descrever, eles foram Magos do Antigo Egito (há mais de cinco mil anos). Então, João (Jilian) e Benedito (Jean) já se conheciam há muitos e muitos anos, porém, não conviviam. Foi assim que o Senhor Exu Veludo da Meia Noite e o Pequeno Exu Mirim Veludinho da Meia Noite e Meiacomeçaram a trabalhar antes do surgimento da Umbanda Sagrada como religião no Brasil.
*Foi muito complicado conseguir uma imagem verdadeira do Veludinho, pois esse "moleque" se esconde até na internet. Do Senhor Exu Veludo conseguimos uma imagem mais aproximada...
 

O Senhor Exu das Sete Encruzilhadas!

Um Exu amigo e irmão...

As pessoas desconhecedoras do verdadeiro sentido de "Exu" confundem-no com entidades de baixa-vibração. Desconhecem sua real atuação no campo astral e no recolhimento dos espíritos sofredores, bem como de sua proteção aos seus assistidos.
Um Exu é, antes de tudo, um guardião compenetrado e bem intencionado na defesa psíquica de seu acompanhado. Porém, Exu possui uma particularidade: ele pode trafegar nas duas esferas (positiva e negativa) e não compromete sua evolução por conta disso, pois é da Lei de Exu ser assim. Então, ele atende o que lhe é pedido e depois cobra: porque é seu direito cobrar. Mas, Exu, nada tem a ver com "diabo" e espíritos malignos. Todo espírito que se torna entidade de uma falange e atua numa vibração defendendo seus médiuns é porque possui sua evolução pessoal.
Eu conheci um Exu de espírito nobre e alma compenetrada, sempre pronto a auxiliar: O Exu Rei das Sete Encruzilhadas! Ele contou-me sua história: foi gaúcho, lutou na Guerra dos Farrapos, comandou sua tropa, mas não me deu detalhes de seu nome e de quem realmente foi. Apenas deu detalhes da Revolução Farroupilha e provou que esteve por lá.
Sua forma de trabalhar como Exu era bastante peculiar: ele incorporava fazendo graça de sua aparência de desencarnado - degolado! E depois ficava sério e saía caminhando pela casa.
Uma vez aconteceu um fato curioso: estávamos reformando a casa e enquanto uma das tábuas era despregada para retirar os cupins, ele ria e dizia: "- Estão despregando a tábua errada!" E apontava uma tábua perfeita... Duvidamos! Mas, ele tanto insistiu que fomos obrigados a despregar a tábua apontada. Mas, qual não foi nossa surpresa, ao descobrir que o ninho de cupins estava justamente naquele tábua???
Esse é o Senhor Exu das Sete Encruzilhadas! Eu diria: Ele é uma figura!
Nunca o vi alterado, sempre sério ou brincando, mas sempre trabalhando na Lei. E se alguém lhe dissesse: - Tem jeito do senhor fazer "alguma coisa" aí por mim? Ele já respondia: " - Que coisa é essa? Se for coisa errada, vai procurar o que fazer que eu quero evoluir!"
Esses tempos descobri que ele me acompanha desde que nasci. Minha mãe um dia me falou: "- Quando você era criança vivia dizendo que no seu quarto tinha um homem vestido de preto, com chapéu e tudo, que sorria e dizia: Não tenha medo, estou aqui te cuidando!"
Existem entidades que se fazem passar por Exu e praticam todo o tipo de barbaridades com seus médiuns. E por causa dessas pessoas, a Umbanda ficou mal vista e mal interpretada! Mas, Exu que trabalha na Lei sempre guarda a Lei de Umbanda! E a Umbanda precisa de Exu! É como o ponto cantado que diz: "Exu, Exu, sem Exu não se faz nada! Exu, Exu, Rei das Sete Encruzilhadas!"
Laroiê meu amigo e meu irmão - essa postagem é para você!