sexta-feira, 29 de junho de 2018

AS ENCRUZILHADAS DE RUA

SOBRE AS ENCRUZILHADAS DE RUAS, OS CEMITÉRIOS E OS
CHAMADOS CRUZEIROS DAS ALMAS DOS MESMOS
Revela lamentável falta de entendimento ou total ignorância das mais simples regras da Corrente Astral de Umbanda, a criatura que se diz ou que pretende ser umbandista praticante, quando faz os chamados “despachos” para exu nas encruzilhadas de nossas ruas…
Muitos ao procederem assim, ou têm consciência do mal que estão fazendo – do que duvidamos muito – ou estão cegos pelo “fanatismo tradicional” de certos “terreiros” que os induzem a levar oferendas para exu nas encruzilhadas de ruas.
Já o dissemos e reafirmamos agora, alto e bom som, que Exus de Lei, guardiões ou cabeças de legião, não fazem o seu “habitat vibratório” nesses ambientes, isto é, não operam diretamente nessas encruzilhadas.
É preciso lembrar mais uma vez que, quem opera, quem infesta esses
lugares, são as diversas classes de espíritos atrasados, dentro os quais os chamados kiumbas – esses grandes marginais do astral…
É necessário sempre se ter em mente que as encruzilhadas de ruas são
verdadeiros sugadouros das mais diversas ondas de pensamentos, mormente as negativas de toda espécie, pois que são pontos onde as criaturas passam por caminho que se cruzam, criando e alimentando assim um constante cruzamento vibratório de pensamentos que se repelem ou se atraem, por afinidades, e por causa disso mesmo são escolhidas as encruzilhadas como os pontos de concentração preferidos pelo que há de mais baixo no astral inferior…
E para darmos mais um simples exemplo de relação, é bastante lembrarmos que em quase todas as encruzilhadas de ruas existem botequins nas suas esquinas, isto é, casas onde ingerem bebidas alcoólicas, embriagam-se, brigam e proferem palavrões etc…
Já por aí se vê que a formação vibratória desses ambientes tem, forçosamente,
que ser baixa.
Espíritos viciados, perturbados, odientos, vingativos, brigões, enfim, tudo
quanto se pode qualificar como marginais do astral dos mais inferiores planos e condições, procuram ávidos esses pontos de concentração – chamados
encruzilhadas de ruas – para vampirizar, perseguir e saciar desejos, bem como
atacar, perturbar e seguir os encarnados que por ali passarem de “portas abertas”, isto é, dentro de condições vibratórias afins. Assim é que, quando se bota um desses tais “despachos”, aí é que eles vibram de contentamento, porque caem vorazes em cima da oferenda e marcam logo a aura ou o corpo-astral do infeliz ofertante, para segui-lo e daí poderem se insinuar sutil e seguramente em seu psiquismo, a fim de sugerir-lhe, sempre que desejarem, mais oferendas, ou seja, mais “despachos” etc… Não largam mais a presa e acabam fazendo do pobre e ignorante ofertante um escravo.
Portanto, cremos que ficou bastante claro e compreensível, que não é nesses ambientes de encruzilhadas de ruas que o verdadeiro Exu “habita” ou tem seu “campo vibratório de trabalho”, sabendo-se que o exu de lei (assim como o Sete Encruzilhadas, Marabô, o Tranca-Ruas, Tiriri, a Pomba-Gira e outros, tão difamados e vilipendiados pela ignorância e pela maldade de maus filhos-de-fé) cumpre uma função karmica, não é nenhum espírito boçal, ignorante ou atrasado, no sentido que lhes emprestam, pois muitos desses exus citados já foram em encarnações passadas, até reis ou altas personalidades, na ciência e na política, no militarismo e até grandes sacerdotes num passado longínquo. O porque de terem decaído ou se colocado nessas condições karmicas, só eles é quem sabem, ou melhor, só quem pode responder a isso corretamente são os Tribunais do Astral, que os colocaram nessa faixa, ou nessa função, porque, não resta a menor dúvida, são grandes magos negros, tem conhecimentos poderosos neste mister… e naturalmente a eles está afeto o trabalho de controlar, frenar as variadas legiões de marginais do baixo astral…
Assim é que, se um necessário trabalho não for encaminhado através deles – os exus de lei, esses que estão (repetimos) dentro de uma função karmica, não tomam conhecimento direto por nenhuma oferenda posta nessas encruzilhadas de ruas, a não ser que, em condições excepcionais, peçam que ali sejam depositadas. Fora disso, botar oferendas nesses locais é alimentar o astral-inferior e viciado que não faz nada e ainda fica em cima do infeliz que assim procede, rondando-o e instigando-lhes a mente com sutis sugestões, para que ele volte sempre a esses ambientes, com os mesmos tipos de oferendas.
A mesma coisa acontece com os ambientes dos cemitérios, porém, a coisa por ali assume de fato aspectos perigosíssimos. Vamos clarear aqui os entendimentos, porque, depois de se ler isso, achamos difícil uma criatura, conscientemente, fazer “trabalhos” ou oferendas nos cemitério ou nos seus cruzeiros, ditos das almas…
Bem – dentro do que há de mais certo, de mais positivo nos ensinamentos ocultos ou esotéricos de todas as correntes e, principalmente, da nossa, os cemitérios são considerados como verdadeiros depósitos de larvas, cascões astrais, matérias em decomposição, odores e gases internos, formando tudo isso uma espécie de ambiente astral altamente negativo e afim ao que há de mais trevoso no baixo mundo astral…
Além disso, são locais que, pela sua própria condição ou finalidade, absorvem e concentram pensamentos ou ondas mentais inferiores, assim como, de tristeza, de saudade e prantos, de desespero e de agonias várias, dos humanos seres que para ali ocorrem em visita a “seus mortos”. Ora, não só é do conhecimento dos iniciados umbandistas, bem como o é de todos os magistas e ocultistas de fato, que, pelos cemitérios, habitam ou fazem pouso três classes principais de espíritos, duas das quais das mais baixas condições…
No primeiro lugar (ou classe) vamos citar a dos espíritos perturbados por várias causas e que, pela natural inferioridade de seus entendimentos, costumam ficar assim como que “presos” a seus cascões astrais (que podemos considerar como uma espécie de emanação do que resta de seus corpos físicos, aos quais eles se aferram, alimentando assim, pelas ondas repetidas de pensamentos emitidos com a persistência deles junto ao local das sepulturas, a consistência fluídica que dá formação a esses citados “cascões”…) Nessas condições, podemos considerá-los como (no linguajar comum aos terreiros) “almas penadas”, aflitas, desesperadas, suicidas, homicidas, enfim, a todos que, por violentas perturbações psico-espirituais, ainda não se libertaram dessas ditas condições e permanecem nesses locais… até serem libertados pelos grupos de socorro especializados nesse mister no mundo astral ou pelos nossos Guias e Protetores da Corrente Astral de Umbanda… Esses espíritos vivem penando por ali e são “presas” fáceis nas mãos de outra classe de espíritos que costumam conduzi-los para todos os fins e que na gíria de Quimbanda são denominados de “rabos de encruza” ou como nós chamamos na Umbanda propriamente dita – “exus-pagãos”… do 1o e 2o ciclos. Então, vamos qualificá-los como a 2a classe. Sobre esses “rabos de encruza” ou “exus-pagãos”, vamos falar com certo cuidado. Não podemos nem devemos “abrir muito o campo” para que disso não se aproveitem nossos irmãos “quimbandeiros encarnados”… que andam à “espreita” de como penetrar nesse “mistério”…
Esses “rabos de encruza” são os verdadeiros intermediários dos Exus de Lei – os cabeças de legião – para esse meio, isto é, para o meio dos outros espíritos que vivem e agem nesse “campo vibratório” chamado de “morada dos mortos” ou cemitérios…
Bem como só saem dali para “gravitarem” nas “órbitas” das encruzilhadas de ruas, por isso mesmo é que tomam a denominação – de “rabos de encruza” – e o fazem à cata dos restos dos despachos ou das oferendas, de mistura com os “quiumbas” e muitas vezes, a serviço dos próprios Exus-Guardiões… Esses exus-pagãos, quando no 1o Ciclo da fase de elementares, nem nome têm, nem procuram tomar uma identificação própria. Só começam a se preocupar com isso quando já no 2o Ciclo da fase de elementares. Ai é que se fazem conhecer (de acordo com suas afinidades) como exu caveira, porteira, exu das almas, exu cruzeiro etc., ou em sentido genérico, como a “legião dos omoluns”…
Porque, convém lembrarmos, no 3o Ciclo ou na fase final dessa função ou condição karmica, estão situados os Exus-Guardiões – cabeças de legião… Existe uma forma especial de lidar com esses exus-pagãos. Existe uma maneira apropriada de se ofertar para eles. Existem pontos-riscados especiais, aos quais eles obedecem. Isso é “segredo de magia” dos Exus-Guardiões, dos Guias e Protetores e de raros iniciados umbandistas – médiuns que tem realmente ordens e diretos de trabalho.
Sobre isso nada podemos adiantar. O que podemos dizer é que eles são terríveis. São, realmente, os “executores diretos” de certos trabalhos pesados de baixamagia. São os arrebanhadores diretos dos espíritos que descriminamos como da 1a Classe ou das “almas penadas”…
Portanto, não é negócio, não aconselhável se lidar com eles sem a cobertura dos exus-guardiões ou sem a ordem ou a direção dos Guias e Protetores – nossos caboclos e pretos-velhos… Eles são tão terríveis e astuciosos que, qualquer “despacho ou oferenda” que se faça nos cruzeiros dos cemitérios, cai logo na faixa deles, pois fazem imediatamente o “cerco” sobre os humanos ofertantes para tirar proveito… E ai dos médiuns os pretensos médiuns, ditos “babás de terreiro” que foram useiros e vezeiros nessas práticas! Se, realmente, não recuarem ou forem socorridos em tempo – podem se considerar escravizados a eles…
Mormente quando a criatura praticante faz o tal despacho pretendendo o mal de alguém! Ai é que eles tomam conta mesmo do infeliz encarnado ofertante. Acompanham-no, tomam pé e o envolvem de tal maneira, se infiltram de tal forma em suas ações psíquicas que acabam fazendo dele um “farrapo humano”, prejudicando até os que, ingenuamente, estão em torno dele ou os que seguem a sua orientação. Agora vamos falar da 3a classe – que supera tudo o que dissemos sobre os outros – a dos espíritos vampiros, ou melhor, pelo linguajar de guerra de nossos pretosvelhos… “das hienas do baixo mundo astral”…
Esses vampiros ou hienas do baixo mundo astral são o que na interpretação simples dos terreiros se chamam “omoluns”… (os quais dizem chefiar a linha das almas – fazendo referência a essa citada primeira classe: almas penadas, aflitas etc., o que é um conceito errôneo). Até nos “treme” a pena, ao nos prepararmos para levantar mais esse véu ou essa questão, muito embora o façamos da maneira mais leve possível. Porém, temos que o fazer no inadiável dever do esclarecimento e também no propósito de tentar a salvação de irmãos que, cegos pela ignorância, por ali trafegam com “seus despachos”, sem saberem que, com a repetição dessas práticas, estão assinando suas “sentenças karmicas”, pois que ficam comprometidos, “presos” a esses sugadores infernais e quando desencarnarem serão mesmo sugados para certas regiões ou “antros de trevas do astral inferior”, por esses vampiros ou por essas hienas a quem eles tanto alimentaram com oferendas grosseiras…
Pois que, esses espíritos vampiros não são nem o que podemos considerar como os citados exus-pagãos, dos 1o e 2o ciclos de evolução na faixa vibratória dos Exus de Lei…
São, em realidade, seres espirituais que, por circunstancias que fogem completamente a uma explicação cabível nessa obra, nem ainda encarnaram uma só vez… não tem nem um “corpo-astral” ainda aplicável ao Reino Hominal. Vivem se “alimentam” dos odores ou das putrefações cadavéricas e sentem irresistíveis desejos pela vida carnal, bem como por todo tipo de oferenda pesada, que leve sangue, carnes, álcool e coisas similares… Infelizes, desgraçados dos praticantes de baixa magia que botam esse tipo de oferendas nos cruzeiros dos cemitérios ou mesmo dentro deles ou nos portões… Vão provocar reações tão tremendas neles e em torno de si, nos seus ambientes de trabalho, no lar etc., isto é, em seus familiares, sem falar no ambiente de seu próprio terreiro – caso seja ele um desses tais “chefes-de-terreiro”. Então, se for médium mesmo, vai sofrer tremendos impactos fluídicos de larvas sobre sua aura ou seu perispírito (corpo-astral) que, em conseqüência, seus fluidos neuro-mediúnicos decairão tanto, a ponto de os perderem completamente ou se reduzirem a 20 ou 30% de sua vitalidade mediúnica. Há, em linguagem mais simples, uma queda fatal na mediunidade de quem realmente a tenha… Para darmos apenas mais um simples exemplo, podemos afirmar com toda a certeza que, se a criatura médium for apenas uma vez a esses locais para fins de tais trabalhos – ligados a esses tipos de oferendas, pode procurar imediatamente os socorros espirituais de uma boa Tenda de Umbanda, porque, se não, vai ver o que acontecerá para o futuro em sua vida…
E se o médium ofertante for mulher o caso estão assume outros aspectos. Eles – as hienas do baixo astral – têm uma tremenda atração pelo sexo feminino, por causa do catamênio (fluxo menstrual) e se infiltram por suas sutis correntes nêuricas que têm ligação e que provocam o citado fluxo menstrual ou sanguíneo e não saem mais da faixa da infeliz médium mulher… Daí começa a aparecer nela – a mulher médium praticante dessas coisas – uma série de distúrbios imprevisíveis e de “estouros” de toda espécie, inclusive incuráveis doenças útero-ovarianas e acentuado histerismo, assim, em conseqüência, é comum acontecer os desmantelamentos dos lares, os amantes, enfim, vem a decaída, a queda fatal… Pudera! Ela está sendo “trabalhada”, sugada, impulsionada e não sabe disso!…
E se a pobre médium for uma dessas tais “babás de terreiro” que vivem na indústria dos “despachos” para os cemitérios e lá comparecer na fase de sua menstruação ou mesmo quando já estiver com os sintomas precursores dela, então.. nem é bom dizer o resto… Mas – então? Estamos “proibindo” realizar “trabalhos” por ali? Não! Longe disso! O que estamos é alertando para certos tipos de “trabalhos”, dentro de certas condições e para certos fins, por quem não tem ordem e diretos de trabalhos. Por quem não tem competência, por quem não tem os conhecimentos indispensáveis dentro da linha justa da caridade, quando o caso requer a penetração nesses ambientes…
Em suma: só se deve fazer certos e necessários trabalhos nesse setor quando a ordem parte de uma entidade mentora, de um Guia, de um Protetor, isto é, de um caboclo ou preto-velho de verdade, que se responsabiliza e sabe como manda, como faz e como encaminha o dito trabalho. Porque ele faz a cobertura espiritual, toma precauções especiais, quer por cima, quer por baixo. Fora disso, é suicídio mediúnico, espiritual ou karmico!
E finalmente: para demonstrarmos que nosso caso (ou missão) é esclarecer, guiar etc., vamos dar algumas das principais precauções que o médium-umbandista deve tomar, quando, por alguma circunstancia ou mesmo para fim de algum trabalho necessário de ordem superior e na linha justa de uma descarga ou obrigação de caridade, tiver de penetrar nesses locais – cemitérios…
A) Ao sair da Tenda ou de sua casa, acenda uma lâmpada (iluminação pelo azeite) em louvor de sua Entidade de Guarda; faça suas orações de firmeza e ponha um copo com água ao lado. A luz da lamparina deve permanecer até se acabar todo azeite. A água de copo deve ser despejada (depois) numa planta qualquer.
B) Não ponha no pescoço nenhuma “guia” particular de caboclo ou pretovelho, como nenhum “talismã” que porventura possua. Se assim fizer, vai abala a tônica eletromagnética deles e isso implicará depois numa “limpeza e afirmação especial”…
C) Coloque em seus bolsos 3 dentes de alho e 3 pedras de sal grosso.
D) Ao chegar na entrada do cemitério (o portão), faça uma evocação mental para sua Entidade de Guarda e para seu protetor mais afim, em nome de Miguel Arcanjo, para que ele o possa acompanhar. De par com isso, leve um pedaço de carvão virgem e faça uma cruz (riscar) em cada sapato (sola).
E) Depois que tiver realizado o que foi fazer, retire-se e logo à saída deixe ficar os 3 dentes de alho e as pedras de sal…
F) Ao chegar à porta de sua casa ou de seu terreiro, deve ser esperado com um defumador de palha de alho ou outro apropriado, para uma vigorosa defumação…
G) Não entre calçado. Bata bem os sapatos para escoimá-los de todo pó ou terra proveniente do ambiente em que esteve. Trate de mudar toda a roupa que vestiu para essa obrigação e imediatamente leve-a para a lavagem…
H) E sobretudo não se esqueça que tais obrigações têm quer ser realizadas dentro do máximo respeito e ausência de qualquer conversação inadequada a esse ato…
Texto extraído do Livro: Segredos de Magia de Umbanda e Quimbanda.
W W da Matta e Silva – Mestre Yapacani
Fonte: http://tuccaboclobeiramar.com.br/

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