quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Exú Marabô

O reino estava desolado pela súbita doença que acometera a rainha. Dia após dia, a soberana definhava sobre a cama e nada mais parecia haver que pudesse ser feito para restituir-lhe a saúde. O rei, totalmente apaixonado pela mulher, já tentara de tudo, gastara vultosas somas pagando longas viagens para os médicos dos recantos mais longínquos e nenhum deles fora capaz sequer de descobrir qual era a enfermidade que roubava a vida da jovem. Um dia, sentado cabisbaixo na sala do trono, foi informado que havia um negro querendo falar com ele sobre a doença fatídica que rondava o palácio. Apesar de totalmente incrédulo quanto a novidades sobre o caso pediu que o trouxessem à sua presença. Ficou impressionado com o porte do homem que se apresentou. Negro, muito alto e forte, vestia trajes nada apropriados para uma audiência real, apenas uma espécie de toalha negra envolta nos quadris e um colar de ossos de animais ao pescoço. – Meu nome é Perostino majestade. E sei qual o mal que atinge nossa rainha. Leve-me até ela e a curarei. A dúvida envolveu o monarca em pensamentos desordenados. Como um homem que tinha toda a aparência de um feiticeiro ou rezador ou fosse lá o que fosse iria conseguir o que os mais graduados médicos não conseguiram? Mas o desejo de ver sua amada curada foi maior que o preconceito e o negro foi levado ao quarto real. Durante três dias e três noites permaneceu no quarto pedindo ervas, pedras, animais e toda espécie de materiais naturais. Todos no palácio julgavam isso uma loucura. Como o rei podia expor sua mulher a um tratamento claramente rudimentar como aquele? No entanto, no quarto dia, a rainha levantou-se e saiu a passear pelos gramados como se nada houvesse acontecido. O casal ficou tão feliz pelo milagre acontecido que fizeram de Perostino um homem rico e todos os casos de doença no palácio a partir daí eram encaminhados a ele que a todos curava. Sua fama correu pelo reino e o negro tornou-se uma espécie de amuleto para os reis. Logo surgiram comentários que ele seria um primeiro ministro que agradaria a todos, apesar de sua cor e origem, que ninguém conhecia. Ao tomar conhecimento desse fato o rei indignou-se, ele tinha muita gratidão pelo homem, mas torná-lo autoridade? Isso nunca! Chamou-o a sua presença e pediu que ele se retirasse do palácio, pois já não era mais necessário ali. O ódio tomou conta da alma de Perostino e imediatamente começou a arquitetar um plano. Disse humildemente que iria embora, mas que gostaria de participar de um último jantar com a família real. Contente por haver conseguido se livrar do incomodo, o rei aceitou o trato e marcou o jantar para aquela mesma noite. Sem que ninguém percebesse, Perostino colocou um veneno fortíssimo na comida que seria servida e, durante o jantar, os reis caíram mortos sobre a mesa sob o olhar malévolo de seu algoz. Sabendo que seu crime seria descoberto fugiu embrenhando-se nas matas. Arrependeu-se muito quando caiu em si, mas seus últimos dias foram pesados e duros pela dor da consciência que lhe pesava. Um ano depois dos acontecimentos aqui narrados deixou o corpo carnal vitimado por uma doença que lhe cobriu de feridas. Muitos anos foram necessários para que seu espírito encontrasse o caminho a qual se dedica até hoje. Depois de muito aprendizado foi encaminhado para uma das linhas de trabalho do Exu Marabô e até hoje, quando em terra, aprecia as bebidas finas e o luxo ao qual foi acostumado naquele reino distante. Tornou-se um espírito sério e compenetrado que a todos atende com atenção e respeito. Saravá o Sr. Marabô!
Obs.: A Falange do Exu Marabô é formada por inúmeros falangeiros que levam seu nome e esta é apenas uma das muitas histórias que eles têm para nos contar.
PALAVRAS DE EXU MARABÔ
Procure aprender
Este dito popular
Devagar se vai longe
Quem espera sempre alcança
Num toque de alegria
O doce sabor que contagia
Quem tem amor
Pode até compartilhar
E quem não tem
Com certeza vai achar
O teu medo de perder
Não se deixa vencer
Não é razão
Mas é a vontade
De mudar a situação
Não tenho luxo
E nem tenho riqueza
Só amor e sabedoria
E sei até falar francês
Sou Exu Marabô
E pra você eu sou doutor
EXÚ MARABÔ TOQUINHO
O seu vulgo (Exú Marabô Toquinho). Se trata de uma entidade que quando vida teve, viveu com o titulo de Feiticeiro. Sr. da Tribo em uma época medieval, mais antiga que a própria antiguidade. Muitos pesquisadores relatam que pode ser encontrado parte da Biografia dessa entidade até hoje no Norte da Rovaniemi “Norte da Finlândia” – Onde esta localizada a mata gelada. Foi um Feiticeiro Bruxo que carregava seus conhecimentos da Magia e Bruxaria em suas 7 cabaças. Sendo aprendiz de Bruxos e de Feiticeiros D’rumas sendo pelos seus ritos e feitos, por derrubar uma manada de Búfalos que todos da tribo os temia assim como o Rei também. Marabô com seu poder foi capaz de salvar a tribo de uma manada de Búfalos os desafiando sozinho. Recebeu do Rei da Tribo o nome de Feiticeiro Sr. da Tribo e passou a ser chamado por todos de Marabô Toquinho por ser ágil, consciente, astucioso, alto e extremamente forte.
Mas carrega o nome de Toquinho por ser Alto e ter 2 Metros e 50 Centímetros de Altura “E só incorpora em médiuns de 1,75 Altura para baixo”. Um homem, com postura fina, elegante e um bom apreciador de conhecimentos, boas bebidas como Vinhos, Whisks, Marafos e outros. Utiliza uma Capa de Veludo preto como de um conde. Conseguiu transpassar a barreira do tempo de sua própria existência através da prática da Magia e hoje incorpora em um médium para dar consultas e resolver problemas espirituais utilizando o seu conhecimento milenar, sua magia e seu poder de Exú através de seu ponto Cabalístico e sua Bruxaria. Exú Marabô esta na hierarquia cabalística 3°(Terceiro) comandado de Exú Asgataroth.
É reconhecido como o Senhor da 7 Cabaças e do Dendê. É determinado a esse Exu, a fiscalização do plano físico, distribuindo ordens aos seus comandados. Apresenta-se como um autêntico cavalheiro, apreciando bebidas finas e os melhores charutos. Apresenta-se falando pausadamente e com uma delicadeza extrema e possui um porte ereto e elegante. Seu poder esta nas Encruzilhadas e também no Tempo comandando o povo do Trilho, alem de realizar trabalhos dentro de seu circulo cabalístico e seu ponto universal nas casas de kimbanda nos quais ele predomina, tem como curiador o marafó e todas as bebidas destiladas. Recebe também oferendas de pade (Farofas) de Pinga e Dendê, ejé, Pimenta e etc…
Ao realizar seus trabalhos se transforma num Grande e Poderoso Bruxo com suas Cabaças. Imantando e evocando não à problemas que ele não possa solucionar.

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