PADÊ DE EXU
Dentro dos rituais sagrados de Exú, não pode faltar de forma alguma seu padê, espécie de farofa crua, na qual é adicionada a farinha de mandioca, e vários elementos, dependendo da necessidade de cada pessoa.
Os mais utilizados de forma geral, são: o padê de água, de dendê, e o de mel. Sendo que esses são muito utilizados quando se realiza algum sacrifício de aves ou de quatro pés para essa divindade. O padê sem o ritual de sacrifício tem por finalidade, se presentear a Exú para que ele nos ajude em determinados assuntos nos quais necessitamos. Trata-se de uma comida preferida por todos os exús e sua aplicabilidade remonta das senzalas que existiam no Brasil.
É público que na África não existia esse tipo de alimento, farinha de mandioca, uma vez que esse foi criado pelos índios brasileiros, mas, os antigos sacerdotes, que eram escravos, introduziram esse presente ao culto de exú e desde essa época, é comum dar-se de presente para exú seu padê.
O padê de dendê serve para se esquentar os caminhos e é muito utilizado para a abertura de caminhos para emprego, para o progresso de uma empresa ou para várias outras utilidades. O padê de azeite de oliva costuma ser usado para se conseguir um equilíbrio em determinado setor da vida de uma pessoa, o de mel, serve para se adoçar uma pessoa, para fazer com que exú nos traga, por exemplo, o livramento de uma perseguição, para que uma pessoa que é nosso inimigo se transforme em nosso amigo, para ajudar em questões amorosas entre tantas outras utilidades.
Em caso de abertura de caminhos para uma empresa, para se atrair clientes para um comércio, para que se arrume emprego, é aconselhável que se coloque sete moedas correntes. Para as demais utilidades pode-se colocar de uma a sete moedas correntes.
Ainda existem outros tipos de padês chamados negativos, que servem para livrar uma pessoa da praga, por exemplo, da feitiçaria, do olho grande etc...
Texto: Egba Nigeriano
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