quarta-feira, 10 de novembro de 2021

*Exú João Caveira*

 *Exú João Caveira*


Nenhuma descrição de foto disponível.Na Idade Média, foi um fiel conselheiro de um senhor feudal.Criada uma situação no feudo de difícil solução, foi solicitada a sua opinião para decidir a questão.Se decidisse de uma forma, agradaria todos os senhores, e de outra forma, faria justiça a todos os desafortunados moradores do lugar.Para ganhar a simpatia do lado forte, decidiu pela primeira hipótese, mesmo contrariando a sua vontade, que em nenhum momento expressou.Desencarnou e por causa de sua atitude, ganhou um carma enorme,mas também a chance de se redimir em vida, cedida por Omulu.
Novamente reencarnou como um Senhor de um povoado onde habitavam a beira do grande rio sagrado.Sua aldeia cultuava a natureza e inocentemente fazia oferendas cruéis de animais e fetos humanos. Até que sua própria mulher engravidou e o sumo sacerdote, decidiu que a semente que crescia no ventre de sua amada devia ser sacrificado para acalmar o Deus da tempestade. Obviamente João Caveira não permitiria que tal infortúnio se abatesse sobre a sua futura família, até porque se tratava de seu primeiro filho. Mas, todo o seu esforço foi em vão. Em uma noite tempestuosa, os homens da aldeia reunidos, invadiram a tenda deles silenciosamente, roubaram sua mulher e a violentaram, provocando imediato aborto, e com o feto fizeram a inútil oferenda no poço dos sacrifícios. Seu peito se encheu de ódio e eu nada fez para contê-lo. Simplesmente enquanto houve vida nele, matava um a um dos algozes de sua esposa inclusive o tal sacerdote.
Passou a não crer mais em Deuses, pois o sacrifício foi inútil. Tanto que seu povoado sumiu da face da terra, soterrado pela areia, tamanha foi a fúria da tempestade. De repente o que era rio virou areia e o que era areia virou rio.Sem perceber, estava sendo espiritualmente influenciado pelos homens que matou, que se organizaram em uma trevosa falange afim de o ver morto também.Passou então a ser vítima do ódio que semeou.
Sem morada e sem rumo, mas com um tenebroso exército de homens odiosos, avançava contra várias aldeias e povoados, aniquilando vidas inocentes e temerosamente assombrando todo o Egito antigo. Assim invadiam terras e mais terras, manchavam as sagradas águas do Nilo de sangue, bebiam e entregavam-se a todas as depravações com todas as mulheres que capturavam. Foi uma desventura horrível. Quanto mais ódio ele tinha, mais ele queria ter. Seu pensamento era que se ele não poderia ter sua mulher, então que nenhum homem em parte alguma poderia ter uma.Entregava todas à centenas homens que ao mesmo tempo, violentava bruscamente as mulheres.
Em uma investida contra o Faraó, foi morto, vagou durante muito tempo, sem querer ser visto aos olhos do próprio Omulu, que havia lhe dado a chance de se redimir em vida, e acabou destruindo seu carma ainda mais.Compreensão e estudo era necessário para que seu espírito pudesse se regenerar, e novamente Omulu o acolheu. Mas desta vez, ele deveria ser servil em espírito, para que sua cólera finalmente o abandonasse. Obediência foi a regra mais dura que ele teve de enfrentar, para hoje ser visto com maestria e sabedoria em nossa linda Umbanda.

João Caveira pertence à falange do Exu Caveira, que por sua vez é regida pelo orixá Omulu. Trabalha no cemitério, seu ponto se força é do lado direito do cruzeiro, ou o portão do cemitério. É serventia de Ogum Megê e também do Preto Velho das Almas.

CARACTERÍSTICAS>

Bebida: Marafo, Whisky, destilados.
Fumo: Charuto;
Comida: Farofa amarela com pimenta, ovos cozidos, cebola em rodelas e bacon.
Atuação: Calunga Pequena (cemitério);
Guia: Preta e branca, preta e amarela, preta e vermelha, ou toda preta, com ponteira em tridente.
Vela: Branca, preta ou vermelha, e bicolores entre estas cores. 

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