*trecho retirado do livro de Norberto Peixoto: No reino de Exu.
Esses espíritos se movimentam nos desvãos ignóbeis da ignorância humana. Exercem o poder absoluto para a manutenção da satisfação dos sentidos, dos gozos e prazeres carnais, mesmo não tendo eles um corpo físico. Incentivam a vaidade, o deslumbramento, a degradação ética e moral. Adoram banquetes, instigam a vontade de beber, estimulam a libido e potencializam os chacras inferiores dos seus médiuns para auferirem controle da energia vital dos chacras básicos.
Os fluidos liberados pelos órgãos sexuais quando o médium está em transe com o quiumba fornece-lhes quantidade gigantesca de ectoplasma. Esse é o motivo das festas sensualistas em clubes, boates e cabarés, triste moda que se alastra nos agrupamentos mediúnicos quiumbandeiros. Dizem-se Exus, reis, rainhas, príncipes e princesas. Mimam seus médiuns, fascinam e os dominam completamente. Nos intercâmbios mais severos entre o médium e o quiumba, dividem o mesmo habitat e sensações, estão sempre juntos, o tempo todo, em simbiose profunda.
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