Em outra circunstância, Olofin estava muito doente, muitos foram vê-lo, mas não se encontrou em lugar nenhum quem o curasse.
Por esse tempo, Exú comia aquilo que encontrava, convivendo com a pobreza. Sabendo da doença então, ele seguiu. Vestiu um gorro branco igual aos que usavam os Babalaôs e foi visitar o velho rei. Levou consigo suas ervas e com o seu poder curou então Olofin.
Orumilá ficou muito agradecido e perguntou então a Exú qual deveria ser a recompensa. Exú que conhecia a pobreza, que conhecia a fome, que provara do desprezo de todos, pediu-lhe que lhe desse primazia nas oferendas, que lhe desse sempre um pouco de tudo que desse a qualquer um e que o pusesse às estradas das casas de modo a ser sempre o primeiro a ser saudado pelos que chegassem à casa, para que fosse saudado pelos que saíssem a rua. Orumilá estava grato a Exú e deu tudo o que Exú pediu.
Ensinamento:
Este itan revela dois lados, ele revela a abertura dos padês nas iniciações dos Xirês, dos orôs internos e nos orienta que ao contarmos para os Orixás, que ao começarmos uma oferenda, uma mesa de comidas secas ou até mesmo uma obrigação simples, uma oferenda simples como um amalá para Xangô, como um Omolocum para Oxum, ou um Acarajé para Iansã, é preciso dar também um padê para Exú para manter o itan vivo. Revela ainda nas comunhões que se fazem às mesas de Bori, aonde se retira um pouco de cada comida e oferece para que a cabeça que está tomando esse Bori coma primeiro. Essa parte é um respeito à Exú, é um enaltecimento, é pedindo a Exú que antes dos Orixás, cubra também essa cabeça com respeito e proporcionando e essa pessoa, a esse filho, aquilo que ele pediu relacionado à obrigação.
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