terça-feira, 10 de dezembro de 2019

MÉDIUM E EXU

MÉDIUM E EXU

Muitas vezes, ele funciona como um espelho, refletindo em seu comportamento os defeitos e qualidades de seu médium. Não estamos falando aqui de mistificação nem animismo e sim de um comportamento em que pela convivência um exterioriza qualidades e defeitos do outro.
Apesar de Exu ter opinião própria a manifesta em linguagem simples e direta de forma que todos entendam. É ele a entidade mais próxima a nossa realidade e anseios materiais. Quando o médium começa a se desenvolver costuma ouvir que há a necessidade de doutrinar seu Exu. É natural que o médium não tenha doutrina no inicio de sua jornada espiritual e Exu exterioriza isso em seu comportamento, após boa doutrinação da entidade veremos a necessidade de doutrina também para o médium que acaba de chegar na casa. Durante o desenvolvimento mediúnico é ainda natural que o Exu se apresente pedindo sua oferenda, pois sua força é potencializadora e vitalizadora da mediunidade.
Este mesmo médium que está iniciando na Umbanda encontra todo um universo novo aos seus olhos e Exu costuma ser algo intrigante e fascinante ao mesmo tempo; quando não uma entidade, força, que assusta um pouco os que não o conhecem.
A questão é: Enquanto o médium estiver preocupado com a doutrina de “seu” exu estará também doutrinando-se, subconscientemente!
Devemos, sim, estar atentos quando nos deparamos com entidades de esquerda sem doutrina, muitas vezes estão chamando nossa atenção a seu médium para que tomemos uma atitude doutrinária em relação a ambos.
Tudo isso é bem diferente de um obsessor ou quiumba, trazido por transporte, que normalmente tem comportamento rude e agressivo. Falamos aqui do Exu de lei que acompanha o médium como entidade de trabalho na esquerda.
Não devemos subestimar exu, achando que é entidade sem luz desprovida de evolução, observando apenas um aspecto externo e superficial, pois quando vamos com a farinha ele já voltou com a farofa, devemos sim ficar atentos com o que nos dizem nas entrelinhas ou o que querem nos passar, quando não podem ou não se sentem a vontade para revelar.
Quanto ao que pode revelar, pergunte a ele sobre seu médium e o comportamento do mesmo e verá que Exu é o primeiro a apontar os defeitos de seu “cavalo” e isto está ainda dentro da qualidade especular de Exu.
No desenvolvimento mediúnico é ele um elemento de muita importância, pois dá força e potencializa as faculdades mediúnicas, não é difícil encontrarmos exu pedindo para ser oferendado logo no inicio da vida mediúnica.
Em uma casa de luz, em um terreiro de umbanda de fato, exu não aceitará trabalhos de ordem negativa a favor de futilidades ou egoísmos. Veremos exu trabalhando com seriedade e em sintonia com as entidades da direita, ou seja não virá em terra para contrariar todo um trabalho de doutrina realizado por caboclos e pretos velhos. Encontraremos até exus dando consultas, limpando e descarregando consulentes, fazendo desobsessão e outras coisas mais dentro do mesmo objetivo e até dando bons conselhos aos que a ele procuram.
Por tudo isso somos gratos a exu e Pomba gira por trabalharem conosco a favor da luz, e afirmamos muito do que se fala de exu e pomba-gira ligado a magia negativa, nós desconhecemos, sabemos que muitos tentam se passar por exu, mas aí já não é mais Umbanda. Umbanda acima de tudo é Amor e Caridade, exu não deve vir em terra para dar o contra no trabalho de direita.
Texto extraído do JUS-Jornal da Umbanda Sagrada

terça-feira, 19 de novembro de 2019

PONTOS DE EXÚ E POMBA GIRA

PONTOS DE EXÚ E POMBA GIRA

PONTOS DE EXÚa3_atabaque

O Sino da igrejinha faz delém, dlem dlom
O Sino da igrejinha faz delém, dlem dlom
Deu meia noite o galo já cantou
Todos exus que são donos da gira
Oi corre gira que Ogum mandou
As pomba giras que são donas da gira
oi corre gira que Ogum mandou
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Exu é de querer, querer
Na hora grande é que eu quero ver
Exu é de querer, querer
Na hora grande é que eu quero ver
Exu é do romper da aurora
Seu Tranca Rua toma conta agora, exu
Exu é do romper da aurora
Maria Padilha toma conta agora, exu
Exu é de querer, querer
Na hora grande é que eu quero ver
Exu é de querer, querer
Na hora grande é que eu quero ver
Exu é do romper da aurora
As pomba giras tomam conta agora, exu
Exu é do romper da aurora
Todos Exus tomam conta agora, exu !
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Rí quá quá quá
Que bela risada
Exú vai dar… 2x
Mas que bela risada
Que exu vai dar
Mas que bela risada
Ri quá quá quá
Oi que linda
Risada que exu vai
Dar mas que linda
Risada que exú
Vai dar….
Ri quá quá quá….
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Exú não brinca
Exú não é de brincadeira.. 2x
Onze horas plantou bananeira
Meia-noite banana deu cacho
Meia-noite não amadurou
Exú botou bananeira abaixo.. 2x
Ferrabrás, ferrabrás
Mulher de exú
É satanás.. 2x Ê… Exu não brinca…
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Seu tranca ruas é uma beleza
eu nunca ví um exú assim,
seu tranca ruas é uma beleza
ele é madeira que não dá cupim! (bis).
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Ô luar! Ô luar! Ô!! luar!
Ele é o dono das ruas…
Quem cometeu as suas faltas, peça perdão à Tranca Rua…
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Firma o ponto
acerta o passo
para o exú tiriri
não há embaraço.(bis).
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Exu Tiriri
Trabalhador da Encruzilhada
Toma conta dessa ronda no romper da madrugada
Exu Tiriri
Trabalhador da Encruzilhada
Toma conta dessa ronda no romper da madrugada
E já não era meia noite, quando Mavambo chegou
Com sua capa de ferro dizendo que era doutor
E já não era meia noite, quando Mavambo chegou
Com sua capa de ferro dizendo que era doutor
Mas ele era Exu dizendo que era doutor
Mas ele era Exu dizendo que era doutor
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Amanheceu brilhou o sol
brilhou o sol
anoiteceu brilhou a lua
vinha passando pela encruza
eu avistei seu Tranca Rua
Amanheceu
Amanheceu brilhou o sol
brilhou o sol
anoiteceu brilhou a lua
vinha passando pela encruza
eu avistei seu Tranca Rua
Fiz um pedido com fé
e o meu pedido ele atendeu
perguntei onde é sua morada
e ele assim me respondeu
Eu morri
em nazaré
moro na encruzilhada
sou tranca rua de maré
Eu morri
em nazaré
moro na encruzilhada
sou tranca rua de mare
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Ninguém pode comigo
eu posso com tudo
lá na encruzilhada
ele é exu veludo
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PONTOS DE POMBA GIRAa3_atabaque

Tentaram me matar na porta do cabaré
Tentaram me matar na porta do cabaré
Ando de noite ando de dia
so não mata quem não quer
Ando de noite ando de dia
so não mata quem não quer
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Vinha caminhando a pé
Para ver se encontrava
Pomba Gira Cigana de Fé
Ela parou
E leu minha mão
E disse-me toda a verdade
Eu só queria saber
Onde andava
Pomba Gira Cigana de Fé
Que ela parou
E leu minha mão
E disse-me toda a verdade
Eu só queria saber
Onde andava
Pomba Gira cigana de Fé
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Ela é uma cigana faceira
Ela é….Ela é das 7 linhas
E não é de candomblé
Ela vem de muito longe
Ela vem pra trabalhar
Ela vem de muito longe
Pros seus filhos ajudar
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Exu Maria Padilha
Trabalha na encruzilhada
Exu Maria Padilha
Trabalha na encruzilhada
Toma conta
Presta conta
Ao romper da madrugada
Toma conta, Presta conta
Ao romper da madrugada
Pomba gira minha comadre
Me protege noite e dia
é por isso que eu vou
na sua feitiçaria
Pomba gira minha comadre
Me protege noite e dia
é por isso que eu vou
na sua feitiçaria
===================================
Pomba gira é mulher de sete maridos
Pomba gira é mulher de sete maridos
nao mexa com ela
ela é um perigo
nao mexa com ela
ela é um perigo
Maria Padilha é mulher de sete maridos
Pomba gira é mulher de sete maridos
nao mexa com ela
ela é um perigo
nao mexa com ela
ela é um perigo
Maria Molambo é mulher de sete maridos
Pomba gira é mulher de sete maridos
nao mexa com ela
ela é um perigo
nao mexa com ela
ela é um perigo
A sete saia é mulher de sete maridos
Pomba gira é mulher de sete maridos
nao mexa com ela
ela é um perigo
nao mexa com ela
ela é um perigo
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Abre a roda
deixa pomba gira trabalhar
Abre a roda
deixa pomba gira trabalhar
ela tem
ela tem peito de aço
ela tem peito de aço
e coração de sabiá
ela tem
ela tem peito de aço
ela tem peito de aço
e coração de sabiá
========================================
eu bebo
eu bebo sim
bebo pra falarem mal de mim
falam pela frente
falam por detras
mas quando precisam
é de mim que correm atras
falam pela frente
falam por detras
mas quando precisam
é de mim que correm atras
========================================
Choveu, choveu só la na calunga é que não choveu
Choveu, choveu só la na calunga é que não choveu .
E que a dona Padilha cruzeiro das almas
presta as contas pra mim ….
e que a dona Padilha cruzeiro das almas
presta as contas pra mim.
Choveu, choveu só la na calunga é que não choveu
Choveu, choveu só la na calunga é que não choveu .
E que a dona Padilha cruzeiro das almas
presta as contas pra mim ….
e que a dona Padilha cruzeiro das almas
presta as contas pra mim.
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Deu meia noite tambem ja deu
meio dia, na encruzilhada
Maria Padilha tava lá
Firmá seu ponto debaixo
de uma figueira, o seu
ponto é firme ela não
pode vacilar….
Oi diz auê auê auê
oi diz auê auê auá.. 2x
Deu…
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Aê o pombo-gira,Aê pombo-girá
Aê o pombo-gira,vamos trabalhar.
Aê o pombo-gira,Aê pombo-girá
Aê o pombo-gira,vamos trabalhar.
Aê o pombo-gira,Aê pombo-girá
Aê o pombo-gira,vamos trabalhar.
Aê o pombo-gira,Aê pombo-girá
Leva as quizalas dessa casa pro lado de lá!
Aê o pombo-gira,Aê pombo-girá
Aê o pombo-gira,vamos trabalhar.
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Vinha caminhando pela rua
quando uma moça bonita eu vi
eu disse que vinha
Vinha caminhando pela rua
quando uma moça bonita eu vi
com sua sandália de prata
sua saia dourada ela sorriu para mim
perguntei pra ela
a onde fica a sua morada
ela respondeu pra mim assim
moro numa estrada sem fim
ela respondeu pra mim assim
moro numa estrada sem fim
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Exu Maria Padilha
Trabalha na encruzilhada
Toma conta, presta conta…
No romper da madrugada.
Pomba-Gira minha comadre
Me proteja noite e dia
Trabalhando nas encruzilhadas
Com suas feitiçarias.
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Com uma rosa e uma cigarrilha
Maria Padilha já chegou,
E na Kalunga
Ela é Rainha
Ela trabalha com muito amor
Sete cruzeiros da Kalunga
É a morada dessa mulher
Ela é!
Maria Padilha,
Rainha do Candomblé…
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Maria Padilha,
Soberana da estrada,
Rainha da encruzilhada,
E também do candomblé,
Suprema é uma mulher,
de negro,
Alegria do Terreiro,
Seu feitiço tem axé,
Mas ela é, ela é,
Ela é…
A Rainha da Encruza,
A mulher de Lúcifer.

Vazio Absoluto (Exu) e Espaço Infinito (Oxalá). Vamos explicar.

Vazio Absoluto (Exu) e Espaço Infinito (Oxalá). Vamos explicar.

Muitos tem Exu como o primeiro Orixá gerado.

Por isso, tem a primazia no culto.
Então, essa primazia se justifica se entendermos a Criação como um encadeamento de ações divinas destinadas ao surgimento do Universo e dos meios para que os seres pudessem evoluir.
Assim, nós aprendemos que dois corpos não ocupam o mesmo “espaço”.
A partir daí, deduzimos que para haver o espaço tinha de haver algo em outro estado que permitiu a criação de uma base estável.

Então, para que, aí sim, tudo pudesse ser criado.

Ao passo que esse estado é o de “vazio”.
Pois só não havendo nada dentro dele é que algo poderia ser criado e concretizado, mas como outro estado.

Então, unindo o primeiro Orixá (Exu) e o primeiro estado da Criação (o vazio absoluto), temos a fundamentação do Mistério Exu.
Portanto, o Mistério Exu é em si o “vazio absoluto” existente no exterior de Deus e guarda-o em si.

Dessa forma, Deus (Olorum) lhe dá a existência e sustentação para que, a partir desse estado, tudo o que é criado tenha seu lugar na criação.
Por ser Exu o guardião do vazio absoluto, e este ter sido o primeiro estado da Criação manifestado por Deus, então Exu é, de fato, o primeiro Orixá manifestado por Ele.

Logo, Exu é o primeiro Orixá, o mais velho de todos, o primeiro a ser cultuado.

Igualmente, por ser e trazer em si o vazio absoluto, tem que ser invocado e oferendado em primeiro lugar.
Da mesma maneira, deve ser “despachado” de dentro do templo e firmado no seu exterior para que um culto possa ser realizado.
Pois, se assim não for feito, a presença de Exu dentro do templo implica a ausência de todos os outros Orixás, já que seu estado é o do “vazio absoluto”.
Porque junto com o Orixá Exu vem o vazio absoluto.
Pois, nesse estado de vazio, não é possível fazermos nada.
Logo, a ato de invocar o Orixá Exu em primeiro lugar é correto.
Porque, antes de Olorum manifestar os outros Orixás, manifestou-o e criou o vazio absoluto à sua volta.
Assim, o ato de oferendá-lo antes dos outros Orixás está fundamentado nessa sua primazia.
Pois não se oferenda primeiro ao segundo Orixá manifestado, e sim ao primeiro.
Assim também o ato de despachá-lo para fora do templo tem fundamento.Pois se ele está presente dentro do templo, com ele está o seu “vazio absoluto”, no qual nada existe.

Então, é preciso despachá-lo e assentá-lo no exterior do templo, para que outro estado se estabeleça e permita que tudo aconteça.

Vamos avançar um pouco mais na interpretação das necessidades primordiais para que tudo pudesse ser “exteriorizado” por Deus.Como no “vazio absoluto” (Exu) não havia como se sustentar em alguma coisa, eis que, após esse primeiro estado da Criação, Olorum manifestou o seu segundo estado: o “estado do espaço”!
Dessa forma:
• O vazio absoluto é a ausência de algo.
• O espaço é a presença de um estado.
Afinal, Deus (Olorum) criou o espaço “em cima” do vazio absoluto.
Logo, se antes só havia o vazio absoluto, o espaço foi criado dentro dele e, à medida que o espaço foi se ampliando.
E então o vazio absoluto foi distendendo-se ao infinito.
Isso para que pudesse abrigá-lo e permitir-lhe ampliar-se cada vez mais, de acordo com as necessidades da mente criadora de Olorum.
Dessa forma, aqui já entramos na genealogia (no nascimento) dos Orixás e em uma teogonia a partir dos estados da Criação.
Esse segundo estado (o espaço) dentro do primeiro (o vazio absoluto) criou uma base que se amplia segundo as necessidades do Criador.
E então começa a nos mostrar os Orixás como estados da Criação.
Pois se Exu é o vazio abso­luto, o Orixá que é em si o espaço se chama Oxalá.
Sim, Oxalá é o espaço infinito.
Porque é capaz de conter todas as criações da mente divina do nosso Divino Criador.

Porém, o que nos levou à conclusão de que Oxalá é em si o mistério do “espaço infinito”?

De fato, o mito revela-nos que Olorum confiou-lhe a função de sair do seu interior e começar a criar os mundos e os seres que os habitariam.
Em virtude de que algo só pode ser criado se houver um espaço onde possa ser “acomodado” e antes só havia o “vazio absoluto” à volta de Olorum, assim que Oxalá saiu (foi manifestado), com ele saiu seu estado (o espaço infinito).

E este se expandiu ao infinito dentro do vazio absoluto.

A saber, o espaço não é maior ou menor que o vazio.
Porque são estados, mas ambos são bem definidos:• o vazio absoluto é o estado de ausência de qualquer coisa (o vazio).
• o espaço infinito é o estado de presença de alguma coisa (a ocupação).
Portanto, como Olorum tem em si tudo, e tudo ocupa um lugar no espaço, então Oxalá, como estado preexistente em Olorum, já existia no seu interior.
E, como a mente criadora de Olorum ocupa um espaço, este era Oxalá.
Pois foi a Oxalá que Ele confiou a missão de criar os mundos e povoá-los com os seres que seriam criados.Logo, Oxalá traz em si esse estado de espaço infinito que pode abrigar nele tudo o que for criado pela mente de Olorum.
Portanto, Oxalá também traz em si o poder criador.
Pois, se não o trouxesse em si, não poderia dar existência no espaço infinito ao que só existia na mente criadora de Olorum.
O vazio absoluto é um estado e não algo mensurável.
O espaço infinito, ainda que não seja mensurável, é a existência de algo.
E, como esse algo denominado “espaço infinito” se abriu e expandiu-se dentro do vazio absoluto, criaram-se dois estados opostos complementares:
• O vazio absoluto
• O espaço infinito
Assim, Exu e Oxalá são ligados umbilicalmente por causa desses dois primeiros estados da criação.
Exu é o vazio exterior de Olorum e Oxalá é o seu espaço exteriorizado.
Exu é a ausência e Oxalá é a presença.
Em Exu nada subsiste e em Oxalá tudo adquire existência.

Exu, por ser o vazio absoluto, nada cria em si.

Em Oxalá, por ele ser o espaço em si mesmo, tudo pode ser criado.
Exu e Oxalá são opostos complementares.
Porque sem a existência do vazio absoluto o espaço não poderia se expandir ao infinito.
Como ambos são estados, não são antagônicos, pois onde um está presente, o outro está ausente.
Assim, o vazio absoluto é anterior ao espaço infinito.
E, porque é anterior, Exu é o primeiro Orixá manifestado por Olorum e detém a primazia.
Por fim, se tudo preexistia em Olorum, ainda que não fosse internamente o Orixá mais velho é, no entanto, o primeiro a existir no seu exterior.

como-voce-se-relaciona-com-exu

como-voce-se-relaciona-com-exu

Como você se relaciona com Exu? Já pensou nisso?
Certamente vivemos hoje em dia uma nova consciência e estamos sempre em aprendizado.
Assim, a melhor maneira que vejo para falar sobre Exu é tentar mostrar como eu me relaciono com Exu!

Pois, assim, você poderá fazer a reflexão e responder a si mesmo como você se relaciona com Exu.

Desse modo, cabe dizer primeiro que me desenvolvi na Umbanda em um Terreiro bem tradicional.
Portanto, durante muito tempo me relacionei com Exu repetindo os padrões aprendidos naquele ambiente.
Primordialmente sempre lidei com Exu como uma entidade que trabalha pela Luz e abre caminhos, pois me ajudava nos meus problemas pessoais, a tudo que eu sempre precisei.
Enfim, como uma bengala para meus comodismos.
O tempo foi passando e a cada incorporação eu aprendia algo novo, a cada estudo eu desenvolvia uma outra maneira de me relacionar.
Muitos anos se passaram, estudos feitos, livros lidos… Até eu chegar aqui…
“Consciência é a chave da transformação!”
Certo dia, eu estava no curso de Desenvolvimento Mediúnico presencial no Colégio Pena Branca e um médium fez um pergunta que me deixou muito curioso.

A saber, a pergunta foi mais ou menos assim:

“Durante toda a minha vida eu sempre me relacionei com as entidades de um forma de pedinte.
Inclusive para coisas que dependiam muito da minha capacidade de realização.
Assim, existe uma outra maneira de me relacionar com as entidades?”
Sem dúvida, me vi naquela pergunta, repleto de dúvidas sobre como me relacionar.
O meu amigo, irmão, parceiro e mestre Alexandre Cumino deu uma resposta que naquele momento reafirmou tudo o que eu sentia e vivia com relação às entidades e, principalmente, com Sr. Tranca Ruas.Nesse sentido, ele disse:
“A relação que você descreveu é muito comum da assistência, daquele que vem no Terreiro tomar um passe.
Agora, o importante que se deve entender é: quem é você (médium) quando está incorporado com a entidade?”

Em síntese, ficou esta reflexão…

Voltando ao relacionamento com a entidade, outro momento me marcou muito.
Em outras palavras, foi uma experiência com o Daime (chá do Daime).
Nesta vivência em que participei houve incorporação e eu senti algo que me impactou.
Pois no meio do transe tive chamadas de entidades e Orixás e foi num destes momentos que percebi algo muito peculiar.
Assim, quando eu incorporei a entidade senti que era uma energia que vinha de fora, vinha ao meu encontro.
Por outro lado, quando eu incorporava o Orixá sentia que era algo que transbordava de dentro de mim, de dentro para fora.

No entanto, vamos analisar melhor para tentar responder como você se relaciona com Exu (ou poderia)…

No livro “Exu Não é o Diabo” de Alexandre Cumino (Madras Editora), em um trecho do capítulo “Eu Sou Orixá Exu!”, diz o seguinte:
“Assim sou eu, visto no espelho da sua alma.
Mostro-me a partir do que você é, e assim desenhado e pintado com traços e cores do seu ego e sua vaidade.
Posso não parecer bonito, mas o que você vê não sou eu de fato, e sim a sua própria imagem no espelho.”
Neste momento a ficha caiu, a luz se fez e eu entendi como devo me relacionar com Exu.
Simplesmente sendo Exu! Pois a consciência é a chave da transformação!
Assim, incorporando não somente o espírito, mas incorporando seus valores, sua força, sua vitalidade e carregar isso na minha vida.Pois minhas conquistas são concretas, e foi Exu em mim (e não uma abstração) que me ajudou.
Da mesma forma, minhas aberturas de caminhos foram possíveis porque Exu em mim abriu.
Assim como minhas sombras, erros e possíveis vícios, foi Exu em mim que fizeram enxergar, aceitar e melhorar.
Por fim, tem um ponto de Exu que eu adoro, pois responde muito bem a quem pergunta quem é Exu e diz o seguinte:“Exu é caminho, é energia, é vida, é determinação.
É cumpridor da Lei, Exu é esperto, Exu é guardião.
Exu é trabalho, é alegria veloz, Exu é viver.
É a magia, é o encanto, é o fogo, é o sangue na veia vibrando.
Exu é prazer.
Laroyê!”
Com efeito, como eu me relaciono com Exu?
Eu incorporo todos os seus valores e procuro levá-lo em essência para todos os lugares.
Sendo assim, volto ao ponto que tanto gosto e, seja no Terreiro ou fora dele, eu digo assim:
“Eu (Exu) sou caminho, sou energia, sou vida, sou determinação.
Eu (Exu) sou cumpridor da Lei.
Eu (Exu) sou esperto
Eu (Exu) sou guardião.
Eu (Exu) sou trabalho, sou alegria veloz, sou viver.
Eu (Exu) sou a magia, o encanto, o fogo, o sangue na veia vibrando.
Eu (Exu) sou prazer.
Laroyê!”

E aí, quem é você com Exu?

Como você se relaciona com Exu?

COMO ÈSÙ TORNOU-SE ÒSIJÈ-EBÓ

COMO ÈSÙ TORNOU-SE ÒSIJÈ-EBÓ

Essa história revela o nascimento do 17o. Odù, como e de onde nasceu Òsetùwá, em decorrência, veremos a analise através de como Èsù se tornou ÈSÙ ÒSIJÈ-EBÓ, o transportador eencarregado de encaminhar as oferendas entre a terra e o òrun.
Quem deveria consultar o porta-voz-principal-do-culto-de-Ifá; a nuvem esta pendurada por cima da terra... 
Bábálàwó dos tempos imemoriais; Os "siris" estão no rio; a marca do dedo requer Yèréòsùn (pó sagrado de Ifá).
Estes foram os Bàbáláwo que jogaram Ifá para os quatrocentos Irúnmolè, senhores do lado direito, e jogaram Ifá para os duzentos malè, senhores do lado esquerdo. E jogaram Ifá para Òsun, que tem uma coroa toda trabalhada de contas, no dia em que ele (Òsetùwá) veio a ser o décimo sétimo dos Irúnmolè que vieram ao mundo, quando Òlódumàrè enviou os òrìsà, os dezesseis, ao mundo, para que viessem criar e estabelecer a terra.
E vieram verdadeiramente nessa época. As coisas que Òlódumàrè lhes ensinou nos espaços do òrun constituíram nos pilares de fundação que sustentam a terra para a existência de todos os seres humanos e de todos os ebora. Òlódumàrè lhes ensinou que quando alcançassem a terra, deveriam abrir uma clareira na floresta, consagrando-a de Orò, o Igbó Orò. Deveriam abrir uma clareira na floresta, consagrando-a a Eégún, o IgbóEégún, que seria chamado Igbó Òpá. Disse que deveriam abrir uma clareira na floresta consagrando-a a Odù Ifá, o Igbó Odù, onde iriam consultar o oráculo a respeito das pessoas. Disse ele que deveriam abrir um caminho para os Òrìsà e chamar esse lugar de Igbó Òrìsà, floresta para adorar os òrìsà. Òlódumàrè lhes ensinou a maneira como deveriam resolver os problemas de fundação (assentamento) e adoração dos ojóbo (lugares de adoração) e como fariam as oferendas para que não houvesse morte prematura, nem esterilidade, nem infecundidade, que não houvesse perda, nem vida paupérrima, não houvesse nada de tudo isso sobre a terra. Para que as doenças sem razão não lhes sobrevivessem, que nenhuma maldição caísse sobre eles, que a destruição e a desgraça não se abatessem sobre eles. Òlódumàrè ensinou aos dezesseis Òrìsà o que eles deveriam realizar para evitar todas as coisas. Ele os delegou e enviou à terra, a fim de executarem tudo isso. Quando vieram ao òde àiyé, a terra fundaram fielmente na floresta o lugar de adoração de Orò, o Igbó Orò. Fundaram na floresta o lugar de adoração de Eégún. Fundaram na floresta o lugar de adoração de Ifá que chamamos Igbódù. Também abriram um caminho para os òrìsà, que chamamos Igbóòòsa. Executaram todos esses programas visando a ordem. Se alguém estava doente, ele ia consultar Ifá ao pé de Òrúnmìlá. Se acontecia que Eégúnpoderia salvá-lo, dir-lho-iam. Seria conduzido ao lugar de adoração na floresta de Eégún ao Igbó-Igbàlè, para que ele fizesse uma oferenda para Egúngún. Talvez que um de seus ancestrais devesse ser invocado como Eégún, para que o adorasse, a fim de que esse Eégún o protegesse. Se havia uma mulher estéril, Ifá seria consultado, a respeito dela, a fim de que Orúnmìlà pudesse indicar-lhe a decocção de Òsun, que ela deveria tomar. Se havia alguém que estava levando uma vida de miséria, Orúnmìlà consultaria Ifá, a respeito dele. Poderia ser que Orò estivesse associado à sua própria entidade criadora.Orúnmìlà diria a essa pessoa que é a Orò que ela devia adorar. E ela seria conduzida à floresta de Orò. Eles seguiram essa prática durante muito tempo. Enquanto realizavam as diversas oferendas, eles não chamavam Òsun. Cada vez que iam a floresta de Eégún, ou à floresta de Orò, ou à floresta de Ifá, ou à floresta de Òòsà, a seu retorno, os animais que eles tinham abatido, fossem cabras, fossem carneiros, fossem ovelhas, fossem aves, entregavam-nos a Òsun para que ela os cozinhasse. Preveniram-na que quando ela acabasse de preparar os alimentos, não devia comer nenhum pouco, porque deviam ser levados aos Malè, lá onde as oferendas são feitas. Òsun começou a usar o poder das mães ancestrais - àse Iyá-mi - e a estender sobre tudo o que ela fazia esse poder de Iyá-mi-Àjé, que tornava tudo inútil. Se se predissesse a alguém que ele ou ela não fosse morrer, essa pessoa não deixava de morrer. Se fosse proclamado que uma pessoa não sobreviveria, a pessoa sobreviveria. Se se previsse que uma pessoa daria à luz um filho, a pessoa tornava-se estéril. Um doente a quem se dissesse que ele ficaria curado não seria jamais aliviado de sua doença. Essas coisas ultrapassavam seu entendimento, porque o poder de Olódumàre jamais tinha falhado. Tudo que Olódumàre lhes havia ensinado eles o aplicava, mas nada dava resultado. Que era preciso fazer? Quando se congregaram numa reunião, Orúnmìlà sugeriu que, já que eles eram incapazes de compreender o que se estava passando por seus próprios conhecimentos, não havia outra solução senão consultar Ifá novamente. Em consequência, Orúnmìlà trouxe seu instrumento adivinhatório, depois consultou Ifá. Contemplou longamente a figura do Odù que apareceu e chamou esse Odù pelo nome deÒsetùwá. Ele olhou em todos os sentidos. A partir do resultado definitivo de sua leitura, Orúnmìlà transmitiu a resposta a todos os outros Odù-àgbà. Estavam todos reunidos e concordaram que não havia outra solução para todos eles, osÒRÌSÀS-IRÚNMÀLÈ, senão encontrar um homem sábio e instruído que pudesse ser enviado a Olódumàre, para que mandasse a solução do problema e o tipo de trabalho que devia ser feito para o restabelecimento da ordem, a fim de que as coisas voltassem a normalizar-se, e nada mais interferisse em seus trabalhos. Ele, Orúnmìlà, deveria ir até a Olódumàrè. Orúnmìlàergueu-se. Serviu-se de seus conhecimentos para utilizar a pimenta, serviu-se de sua sabedoria para tomar nozes de obi, despregou seu òdùn (tecido de ráfia) e o prendeu no seu ombro, puxou seu cajado do solo, um forte redemoinho o levou, e ele partiu até os vastos espaços do outro mundo para encontrarOlódumàrè.
Foi lá que Orúnmìlà reencontrou Èsù Òdàrà. Èsù já estava comOlódumàrè. Èsù fazia sua narração a Olódùmarè. Explicava que aquilo que estava estragando o trabalho deles na terra era o fato de eles não terem convidado a pessoa que constitui adécima sétima entre eles. Por essa razão, ela estragava tudo,Olódumàrè compreendeu. Assim que Orúnmìlà chegou, apresentou seus agravos a Olódumàrè. Então Olódumàrè lhe disse que deveria ir e chamar a décima sétima pessoa entre eles e levá-la a participar de todos os sacrifícios a serem oferecidos. Porque, além disso, não havia nenhum outro conhecimento que Ele lhes pudesse ensinar senão as coisas que Ele já lhes havia dito. Quando Orúnmìlà voltou à terra, reuniu todos os òrìsà e lhes transmitiu o resultado de sua viagem. Chamaram Òsun e lhe disseram que ela deveria segui-los por todos os lugares onde deveriam oferecer sacrifícios. Mesmo na floresta de Eégún. Òsunrecusou-se: ela jamais iria com eles. Começaram a suplicar aÒsun e ficaram prostrados um longo tempo. Todos começaram a homenageá-la e a reverenciá-la. Òsun os maltratava e abusava deles. Ela maltratava Òrìsànlá, maltratava Ògún, maltratavaOrúnmìlà, maltratava Òsányín, maltratava Orànje, ela continuava a maltratar todo mundo. Era o sétimo dia, quandoÒsun se apaziguou. Então eles disseram que viesse. Ela replicou que jamais iria, disse, entretanto, que era possível fazer uma outra coisa já que todos estavam fartos dessa história. Disse que se tratava da criança que levava no seu ventre. Somente se eles soubessem como fazer para que ela desse à luz uma criança do sexo masculino, isso significaria que ela permitiria então que ele a substituísse e fosse com eles. Se ela desse à luz uma criança do sexo feminino, podiam estar certos que esta questão não se apagaria em sua mente. Ficariam aí, pedaços, pedaços, pedaços. E eles deveriam saber com certeza que esta terra pereceria; deveriam criar uma nova. Mas se ela desse a luz a um filho-homem, isso queria dizer que, evidentemente, o próprio Olórun os tinha ajudado. Assim apelou-se para Òrìsànlá e para todos os outros òrìsà para saber o que deveriam fazer para que a criança fosse do sexo masculino. Disseram que não havia outra solução a não ser que todos utilizassem o poder - àse - queOlódumàrè tinha dado a cada um deles; cada dia repetidamente deveriam vir, para que a criança nascesse do sexo masculino, Todos os dias iam colocar seu àse - seu poder - sobre a cabeça de Òsun, dizendo o que segue. "Você Òsun ! Homem ele deverá nascer, a criança que você traz em si!" Todos respondiam "assim seja", dizendo "TÓ!" acima de sua cabeça...Assim fizeram todos os dias, até que chegou o dia do parto deÒsun. Ela lavou a criança. Disseram que ela deveria permitir-lhes vê-la. Ela respondeu "não antes de nove dias". Quando chegou o nono dia, ela os convocou a todos. Esse era o dia da cerimônia do nome, da qual se originaram todas as cerimônias de dar o nome. Mostrou-lhes a criança, e a pôs nas mãos de Òrìsà. Quando Òrìsànlá olhou atentamente a criança e viu que era um menino, gritou: "Músò"...! (hurra...!). Todos os outros repetiram "Músò"...! Cada um carregou a criança, depois o abençoaram. Disseram "somos gratos por esta criança ser um menino". Disseram "que tipo de nome lhe daremos". Òrìsà disse: "vocês todos sabem muito bem que cada dia abençoamos sua mãe com nosso poder para que ela pudesse dar à luz uma criança do sexo masculino, e essa criança deveria justamente chamar-se À-S-E-T-Ù-W-Á (o poder trouxe ela a nós)" Disseram: "acaso você não sabe que foi o poder do àse, que colocamos nela, que forçou essa criança a vir ao mundo, mesmo se antes ela não queria vir à terra sob a forma de uma criança do sexo masculino? Foi nosso poder que a trouxe à terra". Eis por que chamaram a criança de ÀSETÙWÀ. Quando chegou o tempo, Orúnmìlà consultou o oráculo Ifá acerca da criança, porque todos devem conhecer sua origem e destino, colheram o instrumento de Ifá para consultá-lo. Eles o manipularam e o adoraram. Era chegado o momento de consultar Ifá a respeito dele, para saberem qual era seu Odù, para que o pudessem iniciar no culto de Ifá. Levaram-no à floresta de Ifá, que chamamos Igbódù, onde Ifá revelaria que Òsè e Òtùá eram seu Odù. Este foi o resultado que ele deu a respeito da criança. Orúnmìlà disse: "a criança que Òsè e Òtùá fizeram nascer, que antes chamamos de Àsetùwá", disse, "chamemo-la de Òsètùá". Foi por isso que chamaram a criança com o nome do Odù de Ifá que lhe deu nascimento, Òsètùá. Àsetùá era o nome que ele trazia anteriormente. Assim, a criança participou do grupo dos outros Odù, ao ponto de ir com eles a todos os lugares onde se faziam oferendas na terra. Foi assim que todas as coisas queOlódùmàrè lhes tinha ensinado deixaram de ser corrompidas. Cada vez que proclamavam que as pessoas não morreriam, elas realmente sobreviviam e não morriam. Se diziam que as pessoas seriam ricas, elas tornavam-se realmente ricas. Se diziam que a mulher estéril conceberia, ela realmente dava à luz. A própriaÒsun deu a essa criança um nome nesse dia. Disse ela: "Osó a gerou (significando que a criança era filho do poder mágico), porque ela mesma era uma ajé e a criança que ela gerou é um filho homem. Disse ela: "Akin Osò", (Akin Osò: poderoso mago; homem bravo dotado de um grande poder sobrenatural) eis o que a criança será!
É por isso que eles chamaram Òsetùá de Akin Osò, entre todos os Odù Ifá e entre os dezesseis òrìsà mais anciãos. Depois eles disseram que em qualquer lugar onde os maiores se reunissem, seria compulsório que a criança fosse um deles. Se não pudessem encontrar o décimo sétimo membro, não poderiam chegar a nenhuma decisão, e se dessem um conselho, não poderiam ratifica-lo. Finalmente, aconteceu! Sobreveio uma seca na terra. Tudo estava seco! Não havia nem orvalho! Fazia três anos que tinha chovido pela última vez. O mundo entrou em decadência. Foi então que eles voltaram a consultar Ifá, Ifà àjàlàiyé. (aquele que administra a terra)
Quando Orúnmìlà consultou Ifá àjàlàiyé, disse que deveriam fazer uma oferenda, um sacrifício, e preparar a oferenda de maneira que chegasse a Olódùmàrè, para que Olódùmàrèpudesse ter piedade da terra, e assim não virasse as costas à terra e se ocupasse dela para eles. Porque Olódùmàrè não se ocupava mais da terra. Se isso continuasse, a destruição era inevitável, era iminente. Somente se pudessem fazer a oferenda,Olódumàrè teria sempre misericórdia deles. Ele se lembraria deles e zelaria pelo mundo. Foi assim que prepararam a oferenda. Eles colocaram, uma cabra, uma ovelha, um cachorro e uma galinha, um pombo, uma preá, um peixe, um ser humano e um touro selvagem, um pássaro da floresta, um pássaro da savana, um animal doméstico. Todas essas oferendas, e ainda dezesseis pequenas quartinhas cheias de azeite de dendê que eles juntaram nesse dia. E ovos de galinha, e dezesseis pedaços de pano branco puro. Prepararam as oferendas apropriadas usando folhas de Ifá, que toda oferenda deve conter. Fizeram um grande carrego com todas as coisas. Disseram então, que o próprio Èjì-Ogbè deveria levar essa oferenda a Olódumàrè. Ele levou a oferenda até as portas do òrun, mas não, lhe foram abertas. Èjì-Ogbè voltou à terra. No segundo dia Òyèkú-Méji a carregou, ele voltou. Não lhe abriram as portas. Ìwòrí-Méji levou a oferenda, assim fizeram Òdi-Méji; Ìrosùn-Méji; Òwórin-Méji; Òbàrà-Méji; Òkànràn-Méji; Ogúndá-Méji; Òsá-Méji; Ìká-Méji; Òtúrúpòn-Méji; Òtúá-Méji; Ìrètè-Méji; Òsè-Méji; Òfún-Méji.



Mas não puderam passar Olórun não abria as portas. Assim decidiram que o décimo sétimo entre eles deveria ir e experimentar o seu poder, antes que tivessem que reconhecer que não tinham mais nenhum poder. Foi assim que Òsetùá foi visitar certos Babaláwo, para que eles consultassem o oráculo para ele. Esses Babaláwo traziam os nomes de Vendedor-de-azeite-de-dendê e Comprador-de-azeite-de-dendê. Ambos esfregaram seus dedos com pedaços de cabaça. Jogaram Ifá para Akin Osò, o filho de Enìnàre (aquela que foi colocada na senda do bem) no dia em que ele conseguiu levar a oferenda ao poderoso òrun. Disseram que ele deveria fazer uma oferenda; disseram, quando ele acabasse de fazer a oferenda, disseram, no lugar a respeito do qual ele estava consultando Ifá, disseram, ali, ele seria coberto de honras, disseram, sucederá que a posição que ele ali alcançasse, disseram, essa posição seria para sempre e não desapareceria jamais. Disseram, as honras que ele ali receberia, disseram, o respeito, seriam intermináveis. Disseram: "Você verá uma anciã no seu caminho", disseram, "faça-lhe o bem". Assim, quando Òsetùá acabou de preparar a oferenda, seis pombos, seis galinhas com seis centavos e quando estava em seu caminho, ele encontrou uma anciã. Ele carregava a oferenda no caminho que levaria a Èsù, quando encontrou essa anciã na sua rota. Essa anciã era da época em que a existência se originou. Disse: "Akin Osò! à casa de quem vai você hoje ?" Disse: "eu ouvi rumores a respeito de todos vocês na casa de Olófin, que os dezesseis Odù mais idosos levaram uma oferenda ao poderoso òrun sem sucesso".
Disse: "assim seja". 
Disse: "é sua vez hoje?'' 
Disse: "é minha vez". 
Disse: "tomou alimentos hoje?" 
Respondeu ele: "eu tomei alimentos". 
Disse ela "quando você chegar a seu sitio, diga-lhes que você não irá hoje". 
Disse ela: "Esses seis centavos que você me deu", Disse: "há três dias não tinha dinheiro para comprar comida" 
Disse: "diga-lhes que você não ira hoje". 
Disse: "quando chegar amanhã, você não deve comer, você não deve beber antes de chegar ali". 
Disse: "você deve levar a oferenda". Disse: "todos esses que ali foram, comeram da comida da terra, essa é a razão por que Olórun não lhes abriu a porta!" 
Quando Òsetùá voltou a casa de Oba Àjàlàiyè, todos os Odù Ifá estavam reunidos lá. Disseram: "você deve estar pronto agora, é sua vez hoje de levar a oferenda ao òrun, talvez a porta seja aberta para você!" Disse ele que estaria pronto no dia seguinte, porque não tinha sido avisado na véspera. Quando chegou o dia seguinte, Òsetùá, foi encontrar Èsù e lhe perguntou o que deveria fazer. Èsù respondeu: "Como! Jamais pensei que você viria me avisar antes de partir". Disse ele: "isso vai acabar hoje, eles lhe abrirão a porta !" Perguntou ele: "Tomou algum alimento?" Òsetùá lhe respondeu que uma anciã lhe tinha dito na véspera que ele não devia comer absolutamente nada. EntãoÒsetùá e Èsù puseram-se a caminho. Partiram em direção aos portões do òrun. Quando chegaram lá, as portas já se encontravam abertas, encontraram as portas abertas. Quando levaram a oferenda a Olódùmarè e Ele examinou. Olòdumarèdisse: "Haaa! Você viu qual foi o último dia que choveu na terra?! Eu me pergunto se o mundo não foi completamente destruído. Que pode ser encontrado lá?" Òsetùá não podia abrir a boca para dizer qualquer coisa. Olódùmarè lhe deu alguns "feixes" de chuva. Reuniu, como outrora, as coisas de valor do òrun, todas as coisas necessárias para a sobrevivência do mundo, e deu-lhas. Disse que ele, Òsetùá, deveria retornar. Quando deixaram a morada de Olódumarè, eis que Òsetùáperdeu um dos "feixes" de chuva. Então a chuva começou a cair sobre a terra. Choveu, choveu, choveu, choveu... Quando Òsetùávoltou ao mundo, em primeiro lugar foi ver Quiabo. Quiabo tinha produzido vinte sementes. Quiabo que não tinha nem duas folhas, um outro não tinha mesmo nenhuma folha em seus ramos. Voltou-se em direção à casa do Quiabo escarlate, Ilá Ìròkò tinha produzido trinta sementes. Quando chegou a casa de Yáyáá, esse havia produzido cinquenta sementes. Foi então até à casa da palmeira de folhas exuberantes, que se encontrava na margem do rio Awónrin Mogún. A palmeira tinha dado nascimento a dezesseis rebentos. Depois que a palmeira deu nascimento a dezesseis rebentos ele voltou à casa de Oba Àjàlàiyé. Àse se expandia e se estendia sobre a terra. Sêmen convertia-se em filhos, homens em seu leito de sofrimento se levantavam, e todo o mundo tornou-se aprazível, tornou-se poderoso. As novas colheitas eram trazidas dos plantios. O inhame brotava, o milho amadurecia, a chuva continuava a cair, todos os rios transbordavam, todo mundo era feliz. QuandoÒsetùá chegou, carregaram-no para montar num cavalo (signo de realeza: só os mais poderosos podem-se permitir a criar ou montar cavalos em País Yorùbá). Estavam mesmo a ponto de levantar o cavalo do chão para mostrar até que ponto as pessoas estavam ricas e felizes. Estavam de tal forma contentes com ele, que o cobriram de presentes, os que estavam em sua direita os que estavam em sua esquerda. Começaram a saudarÒsetùá: "Você é o único que conseguiu levar a oferenda ao òrun, a oferenda que você levou ao outro mundo era poderosa! Disseram, "sem hesitação, rápido, aceite meu dinheiro e ajude-me a transportar minha oferenda ao òrun! Òsetùá! Aceite rápido! Òsetùá aceite minha oferenda!" Todos os presentes queÒsetùá recebeu, os deu todos a Èsù Òdàrà. Quando os deu a Èsù,Èsù disse: "Como!" Há tanto tempo ele entregava os sacrifícios, e não houve ninguém para retribuir-lhe a gentileza. "Você Òsetùá! Todos os sacrifícios que eles fizerem sobre a terra, se não os entregarem primeiro a você, para que você possa trazer a mim, farei que as oferendas não sejam mais aceitáveis".
Eis a razão pela qual sempre que os Babaláwo fazem sacrifícios, qualquer que seja o Odù Ifá que apareça e qualquer que seja a questão, devem invocar Òsetùá para que envie as oferendas a Èsù. Porque é só de sua mão que Èsù aceitará as oferendas para levá-las ao òrun.
Porque quando Èsù mesmo recebia os sacrifícios das pessoas da terra e os entregava no lugar onde as oferendas são aceitas, eles não demonstravam nenhum reconhecimento pelo que ele fazia por todos até o dia em que Òsetùá teve de carregar o sacrifício e Èsù foi abrir o caminho apropriado para o òrun, para alcançar a morada de Olódumàrè. Quando se abriram as portas para ele. A qualidade de gentileza que Èsù recebeu deÒsetùá era realmente muito valiosa para ele (Èsù). Então ele eÒsetùá decidiram combinar um acordo pelo qual todas as oferendas que deveriam ser feitas deveriam ser-lhe enviadas por intermédio de Òsetùá. Foi assim que Òsetùá converteu-se no entregador de oferendas para Èsù. Èsù Òdàrà, foi assim que ele se converteu em O portador de oferendas para Olódumàrè, Èsù Òsijé-Ebó, no poderoso òrun. É assim como este Itan (verso) Ifá explica, a respeito de ÈSÙ E ÒSETÙÁ.


OXETUA OU OXETURA SÃO NOMES DO ODU QUE RESULTA DO ENCONTRO DE OXE COM OTURA.
OS NIGERIANOS COSTUMAM GRAFAR OSETÙÚÁ, OSÈTÙWÁ OU OSETURA, O SIGNIFICADO É O MESMO.
O INCORRETO É CONSIDERAR-SE ESTE ODU, O DÉCIMO SÉTIMO ODU DE IFÁ E PRIMEIRO OMÓ ODU DE UMA SÉRIE DE 240, OU COMO UMA "QUALIDADE" DE EXU.
EMBORA SEJA O CAMINHO ATRAVÉS DO QUAL EXU RECEBE E CONDUZ AS OFERENDAS E EBÓS.
Autor Desconhecido.
Se alguem souber favor informar.

EXÚ ERAM AMIGOS - MAS DISPUTAVAM ENTRE SI O PODER..

EXÚ ERAM AMIGOS -MAS DISPUTAVAM ENTRE SI O PODER..

Houve uma guerra na cidade de Ajala Eremi. Tendo isso chegado ao conhecimento de Exú, por seus seguidores que invocavam-no e pediam a sua ajuda, ele correu a Orunmilá para contar a novidade.
Orunmilá ficou curioso de saber como Exú já sabia da guerra, uma vez que a cidade era longe e parcos os recursos.
Exú, muito vaidoso, disse saber tudo, em virtude de seus poderes, e completou - "Vamos lá salvá-los".
Viajaram juntos, e chegando à Ajala Eremi, ajudaram o povo a vencer a guerra, e foram reverenciados e louvados.

Na volta, Exú disse a Orunmilá - "Você vai ver, a minha magia é maior que a sua".
Orunmilá riu, disse que seus poderes eram bem maiores, e disse também:
"Ki okunrin ma to ato rin
Ki obinrin ma to ato rin
Ki awo eni ti aso re yio rin".
"O homem fica em pé e urina andando
A mulher fica em pé e urina andando
Vamos ver a roupa de quem fica molhada primeiro".
Com essas palavras ele desafiou Exú.
Caminharam muito até que anoiteceu, e pararam em Ileto (pequena cidade baale - aldeia pobre).
Orunmilá pediu aos mais velhos pousada por uma noite para ambos.
O Rei permitiu que dormissem e determinou em que casa ficariam. No meio da noite, estando Orunmilá dormindo, Exú acordou bruscamente.
Exu saiu para o pátio, foi ao local onde as galinhas dormiam, agarrou o galo pelos pés, torceu-lhe o pescoço, arrancou-lhe a cabeça e enfiou no bolso. Fez uma ótima e solitária refeição com a carne e alguns inhames, pimentas, tomates e cebolas que achou nos campos, temperou tudo com óleo dendê, bebeu vinho de palma e completou com litros e litros de água fresca.
Voltando à casa, chamou Orunmilá, e disse -" Vamos embora depressa". Orunmilá acordou estremunhado, e ainda tonto, achou que era de manhã, e seguiu com Exú pela estrada como bons amigos.
Em Ileto, assim que amanheceu, descobriram a morte do galo, a fuga dos hóspedes e o povo, revoltado, decidiu persegui-los. Juntaram os Ode (soldados). Correram atrás de Exú e Orunmilá e alguém lembrou que Exú usava uma roupa de búzios (símbolo de magia).
Exú sabia que o povo de Ileto e os soldados vinham em sua perseguição. Olhava para trás e ria. Falou a Orunmilá -"O povo vem aí, traz lanças, facas e soldados. Mostre a força de sua magia agora". Orunmilá, sempre muito calmo, disse a Exú -"A mim não pegam. Eu adivinho que você matou o galo e comeu-o, porque o sangue pinga de seu bolso". E disse "A ki gbo iku a fibi oba sa". ("Não se pode ter má notícia da terra. Ela não morre".)
Depois de proferir estas palavras mágicas, Orunmilá disse a Exú:
-"Agora você dá a solução".
Exú sugeriu que subissem em uma árvore sagrada (ikin), de cuja madeira são feitos instrumentos para o culto, e esperassem para ver os Ode passarem. Os soldados e o povo viram o sangue, e revistando a árvore acharam Exú lá em cima, junto com Orunmilá. Alguns ficaram de guarda à árvore, enquanto outros foram buscar machados e facões para derrubá-la.
Quando começaram a cortar a árvore, Exú riu e disse a Orunmilá:
- "É agora! Vamos cair os dois, faça a sua magia, eu faço a minha e veremos qual o poder maior".
A árvore caiu. Orunmilá se enterrou no chão e virou água. Exú bateu no chão e virou pedra.
O povo e os Ode procuraram e não acharam ninguém. O lugar virou uma grande confusão, com todos gritando e se acusando mutuamente.
Os que estavam sedentos, viram a água que era Orunmilá, beberam dela e se acalmaram.
Os que estavam cansados sentaram na pedra que era Exú e ficaram agitados.
E daí para a frente, dois tipos de pessoas se criaram no mundo, os calmos e os agitados. E todos que jogam Ifá (antigo sistema yorubá de adivinhação), têm que cultuar Exú e Orunmilá....!!!!...ASÉ .
Contribuição: Baba Cleber Ifá Orôdè

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

COMIDA EXÚ E POMBAGIRA

COMIDA EXÚ E POMBAGIRA


PADÊS PARA EXU E POMBAGIRA
De mel = ±250gr de farinha de mandioca misturado com mel, sempre misture com a mão esquerda.


De dendê = ±250gr de farinha de mandioca misturado com azeite de dendê, sempre misture com a mão esquerda.


De água = ±250gr de farinha de mandioca misturado com água, sempre misture com a mão esquerda.


De cachaça = ±250gr de farinha de mandioca misturado com cachaça, sempre misture com a mão esquerda.


De bombom = ±100gr de farinha de mandioca misturado com 7 bombons tipo sonho de valsa ralados, sempre misture com a mão esquerda e coloque mais três bombons por cima para enfeitar.


OBS: os padês feitos de líquidos devem ficar úmidos.




AGRADO PARA EXU ABRIR SEUS CAMINHOS
Padê de dendê + 1 cebola grande + 1 bife sem pele e sem gordura + 1 charuto + 1 caixa de fósforos + 1 garrafa de aguardente + 7 pimentas vermelhas + 1 vela branca.
Faça o padê sempre mentalizando seu pedido e coloque num alguidar. Corte a cebola em rodelas e refogue ligeiramente no dendê, faça o mesmo com o bife (espere o dendê esquentar e coloque o bife e vire-o rapidamente). Cubra o padê com as rodelas de cebola e no centro coloque o bife, enfeite com rodelas de cebola crua e as sete pimentas. Ofereça ao seu Exu de fé fazendo seus pedidos, coloque um pouco de cachaça no chão em volta do alguidar e deixe o restante na garrafa, acenda o charuto e arrume-o na borda do alguidar, acenda a vela e saia sem olhar para trás.
Este agrado pode ser colocado numa encruzilhada aberta, num campo limpo ou em casa no caso de quem tem casa de Exu ou no quintal próximo ao portão do lado esquerdo de quem entra, nunca dentro de casa.
FAROFA DE AZEITE-DE-DENDÊ
Frite numa frigideira com azeite-de-dendê uma porção de cebola (ralada ou picada). Despeje farinha de mandioca torrada. Mexa bem. Querendo, também pode fritar junto com a cebola alguns camarões secos.
FAROFA DE ÁGUA QUENTEPõe-se farinha crua num prato fundo e faz-se uma cavidade no centro, com o dedo. Ali se vai despejando água bem quente com sal, mexendo sempre até a farofa ficar bem soltinha. (Também se pode juntar um pouco de azeite-de-dendê na água quente.)
AGRADO PARA “ADOÇAR” POMBAGIRA
Faça um padê de bombom, enfeite com 3 bombons e uma rosa (cor de sua preferência) sem o cabo no meio do padê. Abra uma sidra coloque numa taça, derrame um pouco no chão, acenda um cigarro e arrume na borda do alguidar ou num cinzeiro, acenda uma vela branca, faça seus pedidos e/ou agradecimentos e saia sem olhar para trás. Este agrado pode ser colocado numa encruzilhada aberta, num campo limpo ou em casa no caso de quem tem casa de Exu ou no quintal próximo ao portão do lado esquerdo de quem entra, nunca dentro de casa
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ABERTURA DE CAMINHOS (Exu 7 Encruzilhadas)

Prepare um banho quinado (esfregado) erva abre-caminho + elevante + 1 molho de salsa. Reserve.

Pegue os seguintes ingredientes:

7 ovos crus

7 velas vermelha e preta

7 moedas em uso

7 padês de mel

7 folhas de mamona

7 caixas de fósforo

Passar por 7 encruzilhadas abertas deixando em cada uma: 1 folha de mamona onde você vai colocar em cima 1 ovo (passe no corpo sem quebrar) + 1 moeda (passe no corpo) + 1 padê de mel (± 1 copo de 200gr) + 1 vela acesa (fora da folha) e 1 caixa de fósforo, fazendo seus pedidos de abertura de caminhos.

Volte para casa e tome um banho de higiene e depois jogue, vagarosamente, este banho do pescoço para baixo. Coloque uma roupa limpa e clara. Acenda o Anjo da Guarda

 

OBS: Esta abertura de caminhos pode ser pedido a qualquer Exu de encruzilhada.